Publicado em 6 de dezembro de 2025 às 18:44
Em meio às disputas internas da direita brasileira sobre a sucessão presidencial de 2026, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) endossou publicamente a indicação de Flávio Bolsonaro como o novo nome do clã para concorrer ao Palácio do Planalto. Em vídeo publicado neste sábado (06), o parlamentar classificou a decisão como um “xeque-mate” contra setores do campo conservador que apostavam em candidaturas fora da família.>
A movimentação ocorre após a prisão preventiva de Jair Bolsonaro por descumprir medidas judiciais relacionadas ao uso da tornozeleira eletrônica, episódio que reativou discussões sobre quem assumiria a liderança eleitoral do grupo. A escolha de Flávio, provocou desconforto entre aliados que preferiam soluções consideradas mais amplas, como a eventual candidatura do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos).>
De acordo com Eduardo, a reação negativa de parte da direita seria motivada pelo temor de que a família Bolsonaro mantenha centralidade na disputa. “Aqueles que rejeitam meu pai agora atacam o Flávio, porque torcem para que ele caia e abra espaço para nomes que tratam temas como censura, anistia e prisão política como assuntos periféricos”, afirmou.>
O deputado, que chegou a se colocar como opção para substituir o pai e hoje vive em autoexílio nos Estados Unidos, reforçou que o irmão mais velho, segundo ele, “encarna integralmente” o projeto político do ex-presidente. Para Eduardo, qualquer recuo representaria concessões a grupos que tentam reposicionar a direita longe do núcleo bolsonarista.>
A fala evidencia o racha silencioso entre líderes conservadores desde que o ex-presidente passou a enfrentar decisões judiciais mais rígidas. Enquanto uma ala defende a manutenção do sobrenome na cabeça da chapa, outra, mais pragmática, vê no nome de Tarcísio ou de outros aliados uma forma de ampliar o alcance eleitoral.>
Eduardo, no entanto, descartou qualquer alternativa. “Não há outra saída senão eleger o Flávio”, disse, ampliando a pressão sobre o campo político que tenta reordenar a direita para 2026.>