Publicado em 12 de junho de 2025 às 12:39
Durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (11), uma declaração do ministro Gilmar Mendes repercutiu fortemente nas redes sociais. O decano da Corte afirmou que “todos são admiradores do regime chinês, do Xi Jinping”, ao citar um pensamento político sobre pragmatismo entre o público e o privado.
>
A fala ocorreu durante o julgamento sobre a responsabilidade das plataformas digitais em relação ao conteúdo publicado por usuários. Ao tentar ilustrar a complexidade do tema, Gilmar recorreu a um ditado frequentemente associado ao contexto chinês: “A cor do gato não importa, o importante é que ele cace o rato.” No entanto, o ministro atribuiu erroneamente a frase ao atual presidente da China, Xi Jinping, quando, na verdade, ela é atribuída a Deng Xiaoping, ex-líder que comandou reformas econômicas no país a partir da década de 1980.>
“É… Um pouco na linha nós todos somos admiradores do regime chinês, né, do Xi Jinping, né, que diz assim: ‘A cor do gato não importa, o importante é que ele cace o rato’. E essa coisa do público e do privado…”, declarou Gilmar.>
A fala, vista como elogiosa ao regime autoritário chinês, não demorou a viralizar. Nas redes sociais, usuários reagiram com memes, ironias e críticas à posição do ministro. Muitos internautas apontaram preocupação com a possível simpatia a um sistema político com histórico de repressão à liberdade de expressão — justamente em um debate sobre regulação digital e liberdade no Brasil.>
Outros destacaram o erro na atribuição da frase, gerando uma onda de publicações satíricas com fotos de gatos e líderes chineses. Políticos da oposição também se manifestaram, acusando o ministro de relativizar regimes autoritários.>
A repercussão adiciona mais uma camada ao debate sobre o papel do STF nas discussões sobre liberdade de expressão e regulação da internet no país, em um momento de forte polarização política e institucional.>