Governo pode estender Brasil Soberano para reduzir impacto de sobretaxa dos EUA

Medida busca apoiar empresas exportadoras afetadas por sobretaxas dos EUA

Publicado em 25 de agosto de 2025 às 14:01

Medida busca apoiar empresas exportadoras afetadas por sobretaxas dos EUA
Medida busca apoiar empresas exportadoras afetadas por sobretaxas dos EUA Crédito: Agência Brasil

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou nesta segunda-feira (25) que o governo poderá prorrogar a Medida Provisória (MP) que criou o Programa Brasil Soberano, caso os efeitos das sobretaxas impostas pelos Estados Unidos sobre alimentos brasileiros se prolonguem.

A MP nº 1.309, publicada em 13 de agosto, tem validade inicial de 180 dias e prevê medidas emergenciais de apoio a empresas exportadoras, fornecedores e trabalhadores prejudicados pela decisão do governo norte-americano.

Entre as ações está a autorização para que governos federal, estaduais e municipais comprem, sem necessidade de licitação, alimentos que perderam espaço no mercado externo devido ao aumento das tarifas. Essas aquisições, voltadas a escolas, hospitais, órgãos públicos e formação de estoques, terão prazo contratual máximo de seis meses. Uma portaria interministerial já definiu a lista inicial de produtos, que inclui açaí, água de coco, castanhas, mel, manga, pescados e uva, mas o rol pode ser atualizado.

O programa também prevê:

• liberação de R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações para linhas de crédito a produtores;

• mudanças no seguro de crédito à exportação;

• prorrogação da suspensão de tributos.

Teixeira destacou que a medida será acompanhada de perto, em parceria com estados e municípios, para evitar perdas de produção. Ele defendeu a aprovação da MP pelo Congresso Nacional, necessária em até 120 dias para que o texto não perca a validade.

“O Congresso tende a apoiar a iniciativa, já que ela dialoga com a economia agrícola, com a agricultura familiar e com os pequenos produtores. E, ao aprovar a medida, poderá inclusive estender seu prazo de vigência”, avaliou o ministro.

Com informações da Agência Brasil