Haddad vê tarifaço como ato político e culpa família Bolsonaro

Haddad também comentou as ameaças de Trump ao Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

Publicado em 10 de julho de 2025 às 12:06

Haddad também comentou as ameaças de Trump ao Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
Haddad também comentou as ameaças de Trump ao Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul Crédito: Reprodução 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou nesta quinta-feira (10) a decisão do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Para ele, a medida não tem justificativa econômica e é puramente política.

“Não há racionalidade econômica nessa decisão. Os EUA têm superávit com o Brasil há anos. Isso é uma retaliação política”, afirmou.

Haddad também apontou a família Bolsonaro como responsável por contribuir para o clima de tensão com os americanos. Segundo ele, declarações como a do deputado Eduardo Bolsonaro, que falou sobre a falta de perdão aos aliados de Trump, ajudaram a criar o cenário atual.

“Até a extrema direita vai ter que reconhecer que deu um tiro no pé ao alimentar esse confronto”, disse.

O ministro ainda fez críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem chamou de “candidato a vassalo” por, segundo ele, se mostrar submisso aos EUA.

“Ou a pessoa quer ser presidente ou quer ser vassalo. E o Brasil não aceita vassalagem desde 1822”, afirmou Haddad.

Haddad também comentou as ameaças de Trump ao Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ele defendeu que o país deve manter autonomia nas relações internacionais, sem se alinhar automaticamente a nenhum bloco.

“O Brasil é grande demais para se alinhar cegamente a qualquer país. Defendemos parcerias equilibradas”, disse.

Comunicação do governo

No fim da entrevista, Haddad admitiu que o governo precisa melhorar a comunicação com a população e reforçar o combate às fake news, que, segundo ele, atrapalham a imagem do governo e dificultam a compreensão das políticas públicas.

Com informações do G1