Janaina Paschoal pode perder mandato por uso de candidatura feminina falsa

A vereadora Janaina Paschoal (PP) e outros três parlamentares da legenda em São Paulo estão na mira da Justiça Eleitoral por suspeita de fraude à cota de gênero nas eleições de 2022. A acusação envolve a inscrição de cinco candidatas “laranjas”,  mulheres que teriam sido registradas apenas para cumprir a exigência legal de participação mínima de candidatas do sexo feminino.

A decisão mais recente sobre o caso foi tomada na quarta-feira (4), pelo juiz Antônio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. Ele rejeitou a maioria dos pedidos de produção de provas apresentados pelos acusados, considerando-os fora do prazo ou irrelevantes para o julgamento. O magistrado determinou que os envolvidos apresentem agora as alegações finais.

Além de Janaina, são investigados os vereadores Sargento Nantes, Major Palumbo e Dr. Murillo Lima, todos do Partido Progressistas (PP). A legenda lançou 37 candidaturas ao cargo de vereador na capital paulista, sendo 24 homens e 13 mulheres, número que cumpre formalmente a cota mínima de 30% de candidaturas femininas. No entanto, cinco dessas mulheres não fizeram campanha, não participaram de atos públicos e tiveram votação irrisória, o que levantou suspeitas de fraude.

As candidatas investigadas são:

• Alzira Cândida de Souza
• Doraci Pereira Chaves
• Eliene Siqueira Ribeiro
• Gilmara Vanzo Cristão
• Renata Del Bianco Raiser

O que diz a defesa

Janaina Paschoal nega qualquer irregularidade e classificou o processo como “descabido”. Segundo ela, todas as candidatas envolvidas são reais e se candidataram por vontade própria.

Caso a Justiça Eleitoral reconheça a fraude, os quatro vereadores do PP podem ter seus mandatos cassados.

Com informações do Poder 360