Publicado em 1 de setembro de 2025 às 14:58
O Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta terça-feira (2) o julgamento de Jair Bolsonaro e mais sete réus, entre eles três generais e um ex-comandante da Marinha, acusados de tentar um golpe de Estado. A análise deve se estender até 12 de setembro, mas há chance de adiamento.>
Bolsonaro pode ser preso imediatamente?>
Não. Mesmo que seja condenado, a prisão só ocorre após o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais recursos disponíveis. Isso pode levar semanas ou até meses.>
O que pode atrasar o julgamento?>
• Pedido de vista: se algum ministro pedir mais tempo para analisar o caso, a decisão pode ser adiada por até 90 dias.>
Quem julga o caso?>
A 1ª Turma do STF, formada por cinco ministros: Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes (relator), Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.>
Quais crimes estão em análise?>
1. Organização criminosa armada>
2. Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito>
3. Golpe de Estado>
4. Dano qualificado por violência e grave ameaça>
5. Deterioração de patrimônio tombado>
Bolsonaro pode ser absolvido?>
Sim. São necessários três votos para condenação.>
Que recursos a defesa pode usar?>
• Embargos de declaração: apontam falhas de redação ou omissões, mas não mudam a decisão.>
• Embargos infringentes: podem reabrir parte do julgamento, mas só se houver placar apertado (3 a 2) em algum crime. Nesse caso, o processo iria ao plenário, com os 11 ministros.>
Prazos após a condenação>
• 5 dias para embargos de declaração;>
• depois, 15 dias para embargos infringentes (se cabíveis).>
Esse trâmite pode adiar a prisão de Bolsonaro para outubro ou novembro.>
Pior cenário para rapidez da decisão>
Se houver pedido de vista, a condenação pode ser definida apenas em 2026, às vésperas da eleição.>
Bolsonaro pode recorrer depois da prisão?>
Sim, por meio de uma ação de revisão criminal. Mas o processo é novo e ele continuaria preso até julgamento.>
Inelegibilidade?>
Mesmo que seja absolvido, Bolsonaro segue inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).>
Com informações do Intercept Brasil e Veja>