Michelle deve assumir a liderança da direita sem Bolsonaro, diz líder

Senador Wellington Fagundes e senadora Damares Alves apontam ex-primeira-dama como figura capaz de unificar o campo conservador nas eleições de 2026.

Publicado em 22 de julho de 2025 às 15:14

Reprodução
Reprodução Crédito: Agência Brasil 

O senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do Bloco Vanguarda no Senado, defendeu nesta terça-feira (22) que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro assuma a frente da direita brasileira, diante das restrições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica. Para o parlamentar, a oposição deveria se unir em torno de Michelle e ele pretende conversar com o próprio Bolsonaro sobre essa transição de liderança.

Michelle, que atualmente comanda o núcleo feminino do PL Mulher, é vista por alguns aliados como uma figura com forte apelo entre evangélicos e mulheres, além de manter uma imagem mais moderada e “sensível” em comparação a outros membros da família Bolsonaro. Ainda assim, seu nome não é unanimidade dentro do Partido Liberal.

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), por exemplo, minimizou a fala de Fagundes, afirmando que a preferência oficial da legenda permanece com o ex-presidente: “Não se pode considerar a posição de um parlamentar como consenso. Nosso candidato é o Bolsonaro”, disse.

Outra voz favorável à ascensão de Michelle é a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro. Segundo ela, Michelle tem potencial para se tornar “a maior liderança conservadora do país”.

Nos bastidores, aliados próximos afirmam que Michelle Bolsonaro é bem avaliada por setores do eleitorado conservador por sua atuação discreta, perfil evangélico e carisma. Ela tem mantido uma postura reservada desde a última operação da Polícia Federal, que incluiu uma busca em sua residência. Na ocasião, segundo Damares, Michelle teria sido surpreendida enquanto ainda usava pijama.

Após o episódio, a ex-primeira-dama apenas compartilhou uma mensagem religiosa em suas redes sociais, evitando declarações públicas sobre o caso ou sobre o futuro político da direita brasileira.

A movimentação em torno de seu nome, no entanto, indica que parte da oposição já considera Michelle como possível alternativa viável para as eleições presidenciais de 2026.

Com informações de Metrópoles.