Publicado em 27 de setembro de 2025 às 19:08
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou neste sábado (27) que as restrições impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não vão impedir o Brasil de firmar parcerias internacionais na área da saúde. Segundo ele, as limitações podem atrasar negociações, mas não têm força para conter a cooperação do país. A declaração foi dada durante a inauguração de novas alas do Hospital Federal do Andaraí, no Rio de Janeiro.>
Padilha relatou que as medidas do governo americano o impediram de participar da reunião da OPAS em Washington, apesar de estar em Nova York para a Assembleia Geral da ONU. Sua esposa e filha tiveram os vistos cancelados no mês passado, e, mesmo com a suspensão parcial da proibição de entrada nos EUA, o ministro só poderia circular entre o hotel, a sede da ONU e hospitais em caso de emergência. Ele destacou que encontros diplomáticos cancelados poderão ocorrer em outros locais, inclusive no Brasil.>
O ministro também comentou os efeitos do tarifaço de Trump sobre a indústria de saúde brasileira, especialmente no setor de exportação odontológica. Segundo ele, o governo busca medidas para reduzir prejuízos e abrir novos mercados. Padilha destacou ainda que restrições externas têm estimulado a produção nacional de medicamentos, como a insulina, e atraído investimentos de empresas americanas, incluindo um acordo para a produção de vacina contra o vírus sincicial respiratório, que deve estar disponível no SUS a partir de novembro.>
Durante a agenda no Rio e na Baixada Fluminense, Padilha anunciou que o SUS vai distribuir gratuitamente o implante contraceptivo Implanon, com 500 mil unidades previstas até o fim do ano e 1,8 milhão até 2026. Ele também acompanhou obras de recuperação no Hospital do Andaraí, que receberá R$ 600 milhões em investimentos e terá serviços reabertos, como o Centro de Tratamento de Queimados e a ortopedia. O objetivo é ampliar a oferta de especialistas e reduzir filas de cirurgias na rede federal.>