Senadora culpa Eduardo Bolsonaro por tarifaço e tornozeleira eletrônica no pai: ‘moleque’; assista

Segundo ela, Eduardo teria atrapalhado as articulações da comissão do Senado que tentou negociar nos EUA sobre a taxação de produtos brasileiros.

Publicado em 24 de julho de 2025 às 08:39

Senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) e Eduardo Bolsonaro (PL)
Senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) e Eduardo Bolsonaro (PL) Crédito: Reprodução 

A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) responsabilizou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelas medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. Em declarações feitas a jornalistas nesta terça-feira (23), Buzetti chamou o parlamentar de “moleque” e criticou sua atuação nos Estados Unidos.

“É culpa desse moleque que o pai dele está de tornozeleira”, disparou a senadora. Segundo ela, Eduardo teria atrapalhado as articulações da comissão do Senado que tentou negociar nos EUA sobre a taxação de produtos brasileiros. “Ele boicotou tudo. Chamou a Tereza Cristina de inócua, criticou o Tarcísio, e ainda tentou barrar a comissão. Precisamos de interlocutores sérios, não alguém que só atrapalha”, afirmou.

Buzetti também destacou que Eduardo Bolsonaro apareceu em vídeos afirmando ser o responsável pelas negociações com os americanos, incluindo a imposição de tarifas. “Está tudo gravado. Agora quer mudar o discurso? Não adianta mais”, disse.

A senadora, que apoiou Bolsonaro nas eleições de 2022 e já se declarou a favor da liberdade econômica e de pensamento, adotou um tom crítico diante do momento atual. “Tem que cortar o salário dele mesmo. Está nos Estados Unidos sem fazer nada enquanto o país sofre as consequências.”

Eduardo Bolsonaro voltou a receber salário como deputado no último dia 20 de julho, após o fim de sua licença. Atualmente, o valor bruto mensal é de R$ 46,3 mil.

Jair Bolsonaro, por sua vez, tornou-se alvo de nova operação da Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Entre as medidas, está a imposição do uso de tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar noturno. A decisão foi tomada a pedido da Procuradoria-Geral da República, que alegou risco concreto de fuga e tentativas de obstrução da Justiça por parte do ex-presidente.

Em resposta, Bolsonaro negou qualquer intenção de deixar o país e disse que cumprirá a decisão judicial.

Com informações do UOL