Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 16:28
Durante um evento em Fortaleza, no Ceará, nesta quarta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar a violência contra a mulher e afirmou que agressores não são bem-vindos entre seus eleitores.>
“O vagabundo que bate na mulher não precisa votar no Lula para presidente da República, porque esse voto não presta”, declarou o presidente, dirigindo-se diretamente ao público masculino presente.>
A fala integra uma série de manifestações do presidente em defesa do enfrentamento ao feminicídio no país. Lula também afirmou que pretende liderar um movimento de homens comprometidos com a proteção das mulheres.>
“Vou liderar um movimento dos homens que prestam neste país para que a gente possa defender as mulheres brasileiras. A luta contra o feminicídio não é só delas. Tem de ser nossa, porque somos a parte violenta da sociedade. Eu serei um soldado nessa luta”, completou.>
Evento no Ceará>
O discurso aconteceu durante a entrega das Carteiras Nacionais Docentes e de equipamentos do Programa Mais Professores. O documento, recém-lançado pelo governo federal, busca valorizar a categoria com benefícios e facilidades exclusivas.>
Ao encerrar sua fala, Lula reforçou que a violência contra a mulher deve ser tratada como uma prioridade nacional.>
Penas mais duras para feminicidas>
A declaração segue o tom adotado pelo presidente no dia anterior, em evento realizado em Pernambuco. Ao mencionar casos recentes de feminicídio, Lula se emocionou e defendeu que a legislação seja mais rígida para punir agressores.>
“Que pena merece um desgraçado desse? Até a morte é suave. O que precisamos é ensinar caráter, dignidade, respeito às nossas companheiras”, disse.>
Lula também relatou um pedido feito pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, para que o governo intensifique o combate à violência contra a mulher. Segundo ele, Janja vem se abalando com episódios divulgados na imprensa, como o caso de um homem preso em flagrante em Pernambuco, suspeito de incendiar a casa e matar a companheira e os quatro filhos.>
“Ela pediu para mim: ‘Assuma a responsabilidade de uma luta mais dura contra a violência do homem contra a mulher’. E eu vou assumir”, afirmou, sendo aplaudido em pé pelo público.>
Com informações do Metrópoles>