Zema critica os Brics e defende saída do Brasil do grupo

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que é pré-candidato à Presidência da República em 2026, publicou um artigo nesta quinta-feira (31), no jornal Folha de S. Paulo, em que defende a saída do Brasil do grupo Brics. Na visão do político, a aliança com países como Rússia e China traz prejuízos à imagem do país no comércio internacional.

Zema argumenta que a participação brasileira no bloco tem sido um dos principais fatores para as tarifas comerciais impostas ao país pelos Estados Unidos. Ele cita, inclusive, o ex-presidente americano Donald Trump, que teria imposto tais sanções em resposta à atuação do Brasil no grupo.

“Os países integrantes do grupo aprofundaram a discussão sobre a criação de sistemas de pagamento alternativos ao dólar, proposta que vem sendo discutida pela organização desde 2023. O gesto pode ser interpretado como um desafio gratuito aos Estados Unidos”, afirmou.

Para Zema, os Brics representam uma ferramenta útil apenas para regimes autoritários. “É um grupo de líderes autoritários que gostam de sinalizar sua oposição ao mundo ocidental, particularmente contra os Estados Unidos”, criticou.

O governador mineiro deve oficializar sua pré-candidatura à Presidência no próximo mês, durante uma grande convenção do partido Novo em São Paulo (SP).

Formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics é um grupo de cooperação internacional criado com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico entre países emergentes. Nos últimos anos, o bloco tem buscado ampliar sua influência global e discutir alternativas ao sistema financeiro dominado por potências ocidentais.