Alpinista da Indonésia que resgatou corpo de Juliana Marins em vulcão chega a Belém para a COP30

Indonésio que arriscou a vida para resgatar corpo de Juliana Marins participa da conferência como símbolo de solidariedade global

Publicado em 13 de novembro de 2025 às 17:01

Agam Rinjani
Agam Rinjani Crédito: Reprodução 

O indonésio Agam Rinjani, conhecido mundialmente por arriscar a própria vida ao participar do resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, chegou a Belém nesta quinta-feira (13) para participar da COP30. O ato heroico que o tornou conhecido ganhou novo significado na capital paraense: agora, ele se une à pauta ambiental e às discussões sobre solidariedade e responsabilidade global.

Agam desembarcou no quarto dia da conferência e compartilhou o momento em suas redes sociais. 

Relembre o caso Juliana Marins

A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu após cair do vulcão Rinjani, na Indonésia, em junho deste ano. Segundo a perícia brasileira, a jovem resistiu por cerca de 32 horas após a queda inicial.

O laudo apontou que Juliana caiu aproximadamente 220 metros até atingir um paredão rochoso, e depois escorregou por mais 60 metros, sofrendo politraumatismo e hemorragia interna. Ela morreu entre 10 e 15 minutos após a segunda queda, no dia 22 de junho.

Equipes de resgate indonésias iniciaram as buscas quatro horas após o acidente, mas o terreno íngreme e a profundidade de 650 metros dificultaram o acesso. Dois dias depois, um drone térmico identificou sinais de vida, porém, quando os socorristas conseguiram chegar ao local, Juliana já havia falecido. O corpo foi recuperado apenas no dia 25 de junho, em uma operação considerada de alto risco.

Entre os voluntários estava Agam Rinjani, que se destacou pela coragem ao descer áreas de difícil acesso e ajudar a localizar o corpo da brasileira. Desde então, ele tem sido lembrado como um exemplo de empatia entre nações.

Agora, na COP30, o indonésio leva consigo essa história, de tragédia, mas também de humanidade, como um lembrete de que o enfrentamento das mudanças climáticas depende da mesma coragem e solidariedade que o mundo testemunhou no vulcão Rinjani.