Publicado em 1 de agosto de 2025 às 12:50
Por décadas, acreditou-se que o pau-cravo, uma árvore nativa do Brasil com aroma marcante e madeira valorizada, estava quase extinta na Amazônia. Mas agora, graças a um esforço de conservação iniciado há mais de 15 anos, essa espécie que praticamente não se via mais voltou a florescer. A redescoberta aconteceu em Altamira, no Pará, em uma área protegida pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte.>
A espécie, também chamada de cravo do Maranhão, é considerada endêmica, só existe no Brasil. Ela havia sido intensamente explorada durante os séculos XVIII e XIX, principalmente pelo atrativo da casca aromática semelhante ao cravo-da-índia. A extração descontrolada acabou levando ao colapso populacional da árvore, e por muito tempo, havia apenas raros registros dela na natureza.>
O reencontro com o pau-cravo aconteceu durante as ações do programa de preservação da Norte Energia, responsável pela usina. Desde então, 30 árvores adultas foram identificadas e preservadas, outras 11 transplantadas e mais de 150 mudas estão sendo cultivadas em viveiros.>
Espécie rara>
O pau-cravo tem uma história antiga com o Brasil. Durante o período colonial, sua madeira resistente e o cheiro adocicado chamaram atenção. Mas, como muitas espécies tropicais, acabou sofrendo com a ganância humana. A árvore era cortada por completo apenas para extrair sua casca, o que impediu sua regeneração.>
Com o passar dos anos, a ausência de novos exemplares acendeu o alerta entre ambientalistas. Em 2008, o pau-cravo entrou na Lista Nacional da Flora Ameaçada de Extinção, publicada pelo Ibama, com o status de “criticamente ameaçado”.>
Desde então, o desafio tem sido não só preservar os poucos exemplares restantes, mas garantir que novas gerações da espécie possam crescer em segurança.>
Com informações do Portal Só Notícia Boa>