Belém terá painéis solares em escolas e postos de saúde com apoio da ONU

A Prefeitura de Belém vai começar a instalar painéis solares em quatro unidades públicas da cidade: duas escolas e duas unidades de saúde. A expectativa é economizar cerca de R$ 1,1 milhão por ano com a conta de luz.

O projeto é resultado de uma parceria com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), que vai cuidar do fornecimento, instalação e manutenção dos equipamentos — sem custo para a prefeitura.

As unidades escolhidas foram a Unidade de Saúde da Família Guamá, que tem grande volume de atendimentos, e as escolas municipais Pedro Demo e Helder Fialho, no distrito de Outeiro. Essas escolas foram selecionadas também por receberem estudantes da comunidade indígena Warao, grupo de refugiados venezuelanos que vive em Belém.

“Essa parceria mostra que é possível gerar economia, cuidar do meio ambiente e ao mesmo tempo melhorar os serviços públicos”, afirmou o prefeito Igor Normando.

Apoio aos refugiados

A escolha das escolas de Outeiro reforça outra parte importante do acordo: o apoio a pessoas refugiadas e em situação de vulnerabilidade. Segundo a Acnur, cerca de 800 indígenas Warao vivem na região metropolitana de Belém, que se tornou ponto de acolhimento para esse grupo e para migrantes de outras nacionalidades.

O representante da Acnur no Brasil, Davide Torzilli, destacou que a parceria vai além da energia renovável.

“É preciso que refugiados participem dos debates sobre justiça climática. Isso fortalece os serviços públicos e gera benefícios para toda a comunidade”, afirmou.

Próximos passos

O acordo terá validade inicial de dois anos, podendo ser renovado. Além da energia solar, também prevê ações conjuntas para garantir acesso a documentos, oportunidades de trabalho e integração social para pessoas refugiadas.

A iniciativa marca ainda o início da cooperação entre a Acnur e a empresa chinesa Longi, fabricante dos painéis solares.

Belém, sede em novembro da COP30, ganha assim mais um projeto ligado à sustentabilidade e à inclusão social.

Com informações da Agência Brasil