Belém terá projeto de educação ambiental em escolas públicas

Projeto tem o objetivo de promover a educação ambiental para gestão de resíduos sólidos e despertar nos alunos e comunidade o cuidado com o meio ambiente

Publicado em 12 de setembro de 2024 às 10:04

Apresentação do projeto "Escolas Sustentáveis".
Apresentação do projeto "Escolas Sustentáveis". Crédito: Foto: Luis Miranda/ Semec

A Prefeitura de Belém, em parceria com o Fundo de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) e a Itaipu Binacional, apresentou, nesta quarta-feira, 11, no auditório do Centro de Formação da Secretaria Municipal de Educação (Semec), o projeto "Escolas Sustentáveis", que tem o objetivo de promover a educação ambiental para gestão de resíduos sólidos.

Ainda este ano, o projeto prevê a instalação de biodigestor em 32 escolas municipais em diversos bairros de Belém e ilhas. Esse equipamento é utilizado para acelerar a decomposição do lixo orgânico e, ao mesmo tempo, transformar resíduos em biogás para cozinhar e em biofertilizantes para a agricultura.

Energia solar

Nas escolas selecionadas nessa primeira etapa, a prefeitura já fez a reforma e implantou a energia solar. Elas também já desenvolvem atividades que despertam nos alunos e na comunidade os cuidados com o meio ambiente, como é o caso da Escola Municipal Canto do Uirapuru, localizada no bairro da Maracangalha, que já trabalha a educação ambiental na comunidade.

"O biodigestor vem pra somar ao trabalho, que desenvolvemos desde 2021, porque entendemos que a educação ambiental é o nosso principal foco de atuação. A escola tem promovido caminhadas na comunidade e distribuído panfletos e cartas feitas pelos alunos sobre a preservação da natureza.Também construímos uma horta e um pomar, onde tudo que colhido é consumido na escola", contou a diretora da escola, Sílvia Nádia.

O projeto também inclui oficinas sobre horta comunitária, biojóias, fotografia, jogos educativos, fotografia sobre a natureza, aproveitamento do resíduo do óleo de cozinha e grafitagem. Vai implantar também as Unidades de Valorização de Recicláveis (UVR's): quatro galpões de reciclagem para o material recolhido pelas cooperativas de catadores.

A Fadesp é a responsável pela licitação da empresa que vai instalar os biodigestores e também está à frente da seleção dos oficineiros e da implantação das 4 UVRs. Para a coordenadora do projeto, a professora UFPA, Márcia Bitencourt, o "Escolas Sustentáveis" é a oportunidade de modificar a compreensão da comunidade sobre o destino do lixo, por meio da educação.

Recursos

A Itaipu Binacional destinou mais de R$ 40 milhões para projetos de Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia para Belém, que vai sediar a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Clmáticas (COP 30). E o projeto "Escolas Sustentáveis" está incluído nesse volume de recursos.

Para o superintendente de meio ambiente da Itaipu Binacional, Wilson Zonin, esse investimento é uma contribuição para diminuir o descarte de lixo no meio ambiente. "Nós acreditamos que a COP-30 é o acolhimento de várias experiências bem sucedidas em sustentabilidade. Então, estamos somando com Belém do Pará e a região amazônica para redução de gases que provocam o efeito estufa", comentou Zonin. O próximo passo do projeto " Escola sustentáveis" será a implantação de sistema de reaproveitamento da água da chuva dentro da escola.

Energia limpa

"Produzir energia limpa dentro das nossas escolas é um primor. É a oportunidade de modificar a cidade, a partir da educação”, falou Márcia Bitencourt. O secretário de educação em exercício, Diogo Souza, também acredita que receber esse projeto nas escolas municipais é o reconhecimento do trabalho que a Prefeitura vem realizando na melhoria ambiental e pautando a escola como espaço de discussão do destino do lixo.

"Essa tecnologia, que será implantada em mais de 30 escolas em diversos territórios de Belém, é a efetivação de uma política pública que, de fato, respeita o meio ambiente. Significa também que, aqui em Belém, cuidamos da educação de forma integral e respeitamos a vida do povo da floresta”, finalizou Diogo Souza.

Com informações da Ag. Belém