Brasil reduz focos de incêndio na Amazônia e Pantanal

País usa medidas para reduzir e reforça o combate contra as queimadas as vésperas da COP-30.

Publicado em 25 de agosto de 2025 às 16:39

Brasil consegue reduzir focos de incêndio as vésperas da COP30
Brasil consegue reduzir focos de incêndio as vésperas da COP30 Crédito: Mayangdi Inzaulgarat/Ibama

O mês de agosto é marcado pelo aumento de queimadas em várias regiões do país e para prevenir a incidência de queimadas, o Governo Federal prepara ações para evitar que as cenas de 2024 possam se repetir, com um alto número de incêndios, fumaças e pessoas com problemas respiratórios.

Um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostra que os investimentos feitos em 2024 começam a surtir o efeito desejado: o Brasil alcançou o menor índice de pontos de calor dos últimos doze anos.

De acordo com os números, foram cerca de 30 mil ocorrências de janeiro até o dia 7 de agosto. Desde 2013, o país não apresentava números baixos. Na comparação com 2024, a queda foi expressiva na Amazônia e Pantanal, com 7 e 6,6 mil casos, respectivamente.

Porém, o Brasil teve um aumento de 46% no número de focos em incêndios florestais, em 2024. O Inpe aponta 278.299 focos somente no ano passado.

MEDIDAS

Rodrigo Agostinho, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), aponta as medidas feitas pelo governo federal para a redução dos números.

“Na medida do possível, o que a gente percebe é que precisamos diminuir a nossa vulnerabilidade, aumentar a nossa capacidade de enfrentamento, melhorar a nossa estrutura. E é exatamente isso que nós estamos fazendo. Nós aproveitamos os recursos da crise do ano passado para melhorar nossas estruturas e, este ano, estamos muito mais preparados para agir, tanto no momento de prevenção, quanto no combate propriamente dito”, enfatiza Agostinho.

COP30

Para a Cop30, os órgãos ambientais preparam uma série de medidas que vão ser implantadas em Belém no estado do Pará no mês de novembro. No ano passado, o estado sofreu com queimadas nas regiões sudeste e oeste do estado.

“Um estado que a gente já tem um atendimento especial é o Pará. O leste e o sul do território paraense são regiões que foram intensamente desmatadas no passado e onde existe a presença do fogo nas temporadas mais secas do ano. Então, nós estamos reforçando nossas equipes e aproveitando esse aumento do número de brigadistas”, disse o presidente do Ibama.