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Publicado em 15 de julho de 2025 às 10:52
A Câmara dos Deputados realiza, na próxima quarta-feira (16), uma comissão geral no plenário Ulysses Guimarães, em Brasília, para discutir os preparativos da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será sediada em Belém, no Pará, em novembro de 2025.
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O debate, que começa às 9h, integra a programação oficial da Semana do Meio Ambiente no Congresso e deve reunir parlamentares, especialistas, ambientalistas, lideranças indígenas e representantes da sociedade civil para discutir os principais desafios ambientais globais e o papel estratégico do Brasil na condução das negociações climáticas internacionais.>
Belém no centro do mundo>
A COP30 será realizada pela primeira vez na região amazônica, o que reforça a centralidade da Amazônia na geopolítica ambiental e posiciona Belém como um símbolo da resistência climática e da urgência por soluções sustentáveis. A cidade se prepara para receber cerca de 40 mil participantes de quase 200 países, incluindo chefes de Estado, cientistas e ativistas.>
Além da infraestrutura urbana e logística, temas como financiamento climático, compensações por perdas e danos, transição energética, redução de emissões, adaptação às mudanças climáticas e combate ao desmatamento estarão no centro dos debates.>
A COP30 também marcará os 10 anos do Acordo de Paris e os 33 anos da Eco-92, conferência que consolidou o Brasil como referência global em temas ambientais e no combate às desigualdades ecológicas.>
Expectativas e desafios>
A realização do evento em Belém representa tanto uma oportunidade histórica para o Pará quanto um desafio em termos de infraestrutura, mobilidade urbana, hospedagem e segurança. Em 2024, o governo federal liberou recursos e criou grupos de trabalho para garantir que a cidade esteja preparada para o evento de escala internacional.>
Além das obras, a comissão geral na Câmara discutirá estratégias políticas, diplomáticas e técnicas para que o Brasil assuma protagonismo nas negociações globais e fortaleça compromissos internacionais de mitigação e adaptação climática.>
Participação da sociedade civil>
Movimentos sociais, organizações não governamentais e povos originários também são esperados para o debate desta quarta-feira. A expectativa é que a discussão leve em conta a realidade de quem vive na floresta, com ênfase em políticas públicas inclusivas, justiça ambiental e valorização dos saberes tradicionais da Amazônia.>