Casa Pará mostra a cultura amazônica no Porto Futuro durante a COP30

Durante a COP30, Belém vai receber um espaço especial dedicado à cultura e à criatividade da Amazônia: a Casa Pará, que será aberta ao público a partir de 10 de novembro, dentro da En-Zone, área promovida pelo Sebrae-PA no estacionamento do Porto Futuro I, no bairro do Reduto. O local funcionará até 21 de novembro, das 16h às 22h, com entrada gratuita.

Mais do que uma exposição, a Casa Pará foi pensada como um ponto de encontro entre arte, saberes tradicionais e sustentabilidade — temas diretamente ligados à COP30. O espaço de 500 m² vai reunir instalações artísticas, exibições audiovisuais, debates e oficinas, mostrando como a cultura paraense também dialoga com os desafios climáticos e sociais da região.

Entre as atrações, destaque para o pavilhão de miriti, material tradicionalmente usado em brinquedos e artesanato, agora apresentado como tecnologia sustentável na arquitetura. A estrutura é assinada pela Guá Arquitetura e pelo Atelier Miriti Sustentabilidade, e foi exibida anteriormente na Bienal Internacional de Arquitetura.

A curadoria reúne grandes nomes da arte paraense, como Berna Reale, Roberta Carvalho, Luiz Braga, Éder Oliveira e Walda Marques, além de mestres populares e artesãos que representam comunidades do Marajó, Abaetetuba e Combu. Também haverá uma loja colaborativa, a Ciriando, voltada para produtos criativos e empreendimentos locais.

A Casa Pará é uma iniciativa do Coletivo Chuva das 4, formado pela jornalista Trisha Guimarães e pelos arquitetos Luis Guedes e Pablo Vale, com o objetivo de divulgar a cultura nortista sem estereótipos e com foco em letramento e identidade amazônica.