Publicado em 20 de agosto de 2025 às 14:30
O termo Mutirão Global pelo Clima foi criado pela presidência da COP30 e, embora não tenha tradução para outros idiomas, sua essência é simples: reunir esforços coletivos para fortalecer o multilateralismo e reconhecer as comunidades locais como atores-chaves na busca de soluções para os desafios climáticos.>
E foi nesse mesmo espírito que a presidência brasileira da COP, a Campeã da Juventude da COP30, Marcele Oliveira, jovens ativistas, agricultores, cientistas, brigadistas voluntários e diversas organizações ambientais, se uniram neste fim de semana no Mutirão do Reflorestamento, realizado pelo Instituto EAE (Educação Ambiental e Ecoturismo) e pela startup green tech Visão Coop. O encontro aconteceu na Serra do Vulcão, um dos trechos mais preciosos da Mata Atlântica, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.>
Foram plantadas, ao todo, 60 mudas nativas de Mata Atlântica, entre elas aroeira, paineira, ipê-amarelo, pau-ferro, cajá-mirim, urucum e mulungu.>
Ao participar da ação, a Jovem Campeã Marcele, comunicadora e ativista climática, destacou que o conceito de mutirão vai muito além de plantar árvores.>
“Quando a gente fala em Mutirão Global pelo Clima, estamos falando de reconhecer as práticas territoriais que protegem a natureza e promovem regeneração, seja do solo ou do plantio, mas também de educação climática na prática e no dia a dia. É muito diferente das negociações internacionais, que às vezes estão distantes da realidade das pessoas. A palavra mutirão é totalmente conectada com pessoas”, afirmou.>
Segundo Marcele, o chamado por um Mutirão Global é justamente esse: envolver mais atores na construção de soluções climáticas, não apenas no âmbito internacional, mas também no nacional, no municipal, em escolas, em serras, em qualquer lugar onde seja possível agir.>
Ela reforçou ainda a importância de dar visibilidade a iniciativas locais: “Projetos como esse existem em vários lugares do mundo, e muitas vezes as autoridades não veem, não financiam, não apoiam. Então, a gente chega aqui neste lugar e vê toda a estrutura e a organização que ele propõe... imagina se mais olhares se voltassem para cá”, indagou. “Eu já vi o meu país sair do mapa da fome duas vezes e agora eu quero ver ele sair do mapa do risco climático”, finalizou.>