Comunidade se une em Mutirão do Reflorestamento e planta 60 árvores na Serra do Vulcão

Este é um dos trechos mais preciosos da Mata Atlântica, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. A ação envolveu a presidência da COP30, jovens ativistas, agricultores, cientistas, brigadistas voluntários e demais representantes da sociedade civil

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 14:30

Ao todo foram plantadas 60 mudas nativas de Mata Atlântica, entre elas aroeira, paineira, ipê-amarelo, pau-ferro, cajá-mirim, urucum e mulungu.
Ao todo foram plantadas 60 mudas nativas de Mata Atlântica, entre elas aroeira, paineira, ipê-amarelo, pau-ferro, cajá-mirim, urucum e mulungu. Crédito: Rafael Medelima/COP30

O termo Mutirão Global pelo Clima foi criado pela presidência da COP30 e, embora não tenha tradução para outros idiomas, sua essência é simples: reunir esforços coletivos para fortalecer o multilateralismo e reconhecer as comunidades locais como atores-chaves na busca de soluções para os desafios climáticos.

E foi nesse mesmo espírito que a presidência brasileira da COP, a Campeã da Juventude da COP30, Marcele Oliveira, jovens ativistas, agricultores, cientistas, brigadistas voluntários e diversas organizações ambientais, se uniram neste fim de semana no Mutirão do Reflorestamento, realizado pelo Instituto EAE (Educação Ambiental e Ecoturismo) e pela startup green tech Visão Coop. O encontro aconteceu na Serra do Vulcão, um dos trechos mais preciosos da Mata Atlântica, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.

Foram plantadas, ao todo, 60 mudas nativas de Mata Atlântica, entre elas aroeira, paineira, ipê-amarelo, pau-ferro, cajá-mirim, urucum e mulungu.

Ao participar da ação, a Jovem Campeã Marcele, comunicadora e ativista climática, destacou que o conceito de mutirão vai muito além de plantar árvores.

“Quando a gente fala em Mutirão Global pelo Clima, estamos falando de reconhecer as práticas territoriais que protegem a natureza e promovem regeneração, seja do solo ou do plantio, mas também de educação climática na prática e no dia a dia. É muito diferente das negociações internacionais, que às vezes estão distantes da realidade das pessoas. A palavra mutirão é totalmente conectada com pessoas”, afirmou.

Segundo Marcele, o chamado por um Mutirão Global é justamente esse: envolver mais atores na construção de soluções climáticas, não apenas no âmbito internacional, mas também no nacional, no municipal, em escolas, em serras, em qualquer lugar onde seja possível agir.

Ela reforçou ainda a importância de dar visibilidade a iniciativas locais: “Projetos como esse existem em vários lugares do mundo, e muitas vezes as autoridades não veem, não financiam, não apoiam. Então, a gente chega aqui neste lugar e vê toda a estrutura e a organização que ele propõe... imagina se mais olhares se voltassem para cá”, indagou. “Eu já vi o meu país sair do mapa da fome duas vezes e agora eu quero ver ele sair do mapa do risco climático”, finalizou.