Comunidades da sociobiodiversidade fortalecem experiências de desenvolvimento econômico em encontro no Pará

A jornada de imersão, na Amazônia, reforça o compromisso com o desenvolvimento das cadeias produtivas e apontam modelo econômico de impacto positivo em ano de COP-30

Publicado em 2 de julho de 2025 às 14:55

Comunidades da sociobiodiversidade fortalecem experiências de desenvolvimento econômico em encontro no Pará
Comunidades da sociobiodiversidade fortalecem experiências de desenvolvimento econômico em encontro no Pará Crédito: Divulgação

Em ano de COP30 em Belém, no Pará, muito se discute sobre como as empresas podem promover o desenvolvimento socioeconômico das famílias que vivem e trabalham na Amazônia. Neste cenário, a Natura, que há 25 anos desenvolve cadeias produtivas na região, fortalece essa jornada com o Encontro de Comunidades Parceiras da Natura e o 3° Encontro do Mecanismo de Financiamento Amazônia Viva, que acontecem nesta semana.

Realizado no Espaço Mariápolis, em Benevides, no Pará, o evento que reúne 110 participantes, entre eles, líderes comunitários, diretores e técnicos de associações e cooperativas, os times da Natura, e instituições parceiras, como FUNBIO, VERT e Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, debate melhorias e ressalta o papel da construção conjunta entre setor privado e comunidades no fortalecimento da sociobioeconomia.

A programação promove o diálogo construtivo, aprofundando-se na estratégia da Natura para a Amazônia, na prosperidade das comunidades e nos próximos passos do Mecanismo de Financiamento Amazônia Viva. Também pautam o encontro debates sobre as cadeias da sociobiodiversidade, incluindo temas como certificações, práticas regenerativas, pagamentos por serviços ambientais, mudanças climáticas, desafios e oportunidades.

“Esta é a sétima edição do Encontro de Comunidades promovido pela Natura. Desta vez, em um momento ainda mais especial, aquecido por debates gerados pela expectativa da COP30. O Encontro reafirma nossos princípios de atuação em rede para sermos 100% regenerativos até 2050. Isto é, gerando impacto positivo para as pessoas, a natureza, o planeta e os negócios”, afirma Mauro Costa, gerente sênior da cadeia de suprimentos da sociobiodiversidade da Natura.

Para Sandra Soares Amud, presidente da Associação dos Agropecuários de Beruri (ASSOAB), do Amazonas, o Encontro é um momento de fortalecimento das identidades culturais e do conhecimento tradicional. “Estamos buscando soluções conjuntas entre as comunidades e a Natura para enfrentar os desafios das cadeias da sociobiodiversidade e das mudanças climáticas. Isso proporciona a conservação ambiental, ampliando a geração de empregos e renda, contribuindo para o fortalecimento dos nossos territórios”, afirma.

“O Encontro é um momento de compartilhar a vivência nos territórios e isso nos enriquece enquanto liderança em estratégia de desenvolvimento. A nova edição do evento é importante para entendermos o que evoluiu e o que precisamos seguir. Há um desafio de acesso e logística na execução dos projetos na Amazônia que nos demanda ainda mais união e troca”, diz Francisco Malheiros, presidente da ATAIC/ATAICOOP, a Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas da Ilha das Cinzas, no Marajó, Pará.

Mecanismo de Financiamento Amazônia Viva

No mesmo ano em que Belém sediará a COP 30, a relevância de fóruns internacionais para as mudanças climáticas e a preservação da Amazônia é destaque na fala de diversos paineis. É o caso das discussões sobre o Mecanismo de Financiamento Amazônia Viva, um instrumento de financiamento híbrido liderado pela Natura em parceria com a VERT Securitizadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). A iniciativa já captou R$ 22 milhões e o crédito concedido bem como investimentos filantrópicos em temas estruturantes já beneficiaram 16 cooperativas e associações agroextrativistas da região, com estimativa de impacto positivo em mais de 4 mil famílias.

A Natura tem papel central na iniciativa, não apenas como investidora, mas também como compradora dos insumos das comunidades, oferecendo segurança e estabilidade financeira para os produtores. Outros parceiros são o Fundo Vale, Good Energies Foundation, International Finance Corporation (IFC), BID Invest, FUNBIO e o Global Environment Fund (GEF), que já aportaram recursos e participam como investidores, doadores ou parceiros no Mecanismo Amazônia Viva.