Publicado em 1 de outubro de 2025 às 12:12
O Instituto COJOVEM (Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável) realiza em Belém, no Hotel Beira Rio, de 2 a 6 de outubro, a I Cúpula de Jovens Líderes da Amazônia, um encontro de 28 lideranças da Amazônia Legal que vai discutir e propor políticas públicas para a região. A COJOVEM defende a redução das emissões de carbono, o fortalecimento das juventudes e a diminuição das desigualdades sociais.>
O encontro está na agenda da Cojovem para a COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que será realizada na capital paraense, de 10 a 21 de novembro. Com a participação de cientistas e pesquisadores, os 28 jovens líderes dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins vão discutir estratégias para a transição justa e o empoderamento climático.>
A pauta da Cúpula tem questões fundamentais para a Amazônia, como os mecanismos de implementação e financiamento das redes de produção, políticas públicas, tecnologia e inovação. “A Cúpula tem como propósito garantir que as juventudes amazônidas não sejam apenas espectadoras da COP30, mas protagonistas de um processo de incidência política que conecta a defesa do meio ambiente com a construção de um futuro digno para nossa região”, afirmou Aldrin Barros, coordenador de Advocacy da Cojovem.>
Segundo Aldrin, a atuação organizada de jovens líderes cria pressão social e política para que governos e instituições incluam as demandas das juventudes em planos de governo e políticas públicas. “Nós mostramos que a Amazônia tem soluções pensadas pelas juventudes que vivem aqui”, assinalou.>
Para o coordenador de Pesquisa da Cojovem, Pedro Mota, em um período de crise climática que afeta diretamente a Amazônia, os jovens líderes da região têm muito a dizer. “Somos uma juventude que nasce em um cenário de sobrevivência. A gente cria nossas estratégias e lidera a transformação dos nossos territórios. Já sabemos como nos adaptar e mitigar, e precisamos de uma transição justa para que nossos corpos ocupem os espaços das tomadas de decisão”, afirmou.>
Pedro Mota informou que, a partir das metodologias definidas para o encontro, as juventudes líderes poderão desenvolver uma Agenda Comum que guiará a construção de projetos, programas e políticas públicas de fato desenvolvidas para promover justiça climática atrelada à justiça social. “A nossa Declaração Unificada irá pautar para os Estados brasileiros que somos e estamos vivenciando a crise e os conflitos na Amazônia, sobrevivendo a eles, com técnica, ciência e educação. O que será incrivelmente potente para o presente e às futuras gerações”, disse.>
Programação>
A Cúpula terá painéis para o debate de temas que servirão de base para a elaboração de documentos orientados sobre Transição Justa, Adaptação e Mitigação, Educação e Cultura, Juventudes e Clima. Na programação Mão na Massa, será discutida a construção de políticas públicas para uma Teoria da Mudança.>
No fim de cada dia, plenárias vão consolidar acordos, valores, diretrizes e princípios para a produção dos manifestos. Para a Cojovem, a COP30 deve deixar um legado de direitos para os guardiões do amanhã: as juventudes.>
Sobre a Cojovem>
Criada em 2020, a Cojovem é uma organização da sociedade civil que tem como missão atuar pela garantia dos direitos socioambientais das juventudes amazônidas, por meio da advocacy (defesa e argumentação em favor de uma causa), pesquisa e formação para o fortalecimento de territórios resilientes e sustentáveis nas Amazônias. Nos últimos três anos, a Cojovem teve atuação influente nas negociações internacionais das Nações Unidas para que a política climática internacional avance de mãos dadas com o fortalecimento de direitos de crianças e juventudes.>
A Cojovem marcou presença nas três últimas COPs do clima: no Egito, nos Emirados Árabes e no Azerbaijão. Também participou da Conferência de Bonn, na Alemanha, da COP sobre Biodiversidade (COP), na Colômbia, e da Conferência Climática Regional de Juventudes Latino-americanas, em 2024, em Belém.>
Em junho de 2024, como evento pré-COP30, a Cojovem promoveu, na capital paraense, a Cúpula de Jovens Líderes do Pará. O encontro reuniu delegações internacionais e jovens brasileiros para discutir o combate à fome, as mudanças climáticas e a reforma da governança global.>
Serviço>
I Cúpula de Jovens Líderes da Amazônia.>
Data: 2 a 6 de outubro.>
Local: Hotel Beira Rio, avenida Bernardo Sayão, bairro do Guamá, Belém.>
Horário: 9 às 18 horas.>
Link da programação clicando aqui.>
Site: https://www.cojovem.com.br/>
Instagram: @Cojovem.br>
Lideranças:>
1 – Marcos Melo (31)>
Estrategista de comunicação e mobilização social, gerente de campanhas na All Out e cofundador da Actum Brazil. Acreano, é bacharel em Direito e pós-graduado em Relações Internacionais.>
2 – Hellen Lirtêz (25)>
Jornalista acreana, ativista afro-indígena e pesquisadora de racismo ambiental. Colabora com a Amazônia Real e venceu o Troféu Tim Lopes – Revelação do Ano (2024).>
3 – Felipe Storch (31)>
Mestre em Gestão Ambiental pela Yale, atuou como bolsista do G20 no MMA e é membro do Painel Consultivo Jovem do Painel Científico para a Amazônia.>
4 – Quéren Hapuque (20)>
Presidente do Girl Up Amazônidas e ativista pela educação e juventude. Já foi Jovem Senadora e medalhista de ouro na Olimpíada do Bicentenário.>
5 – Paixão Irlan (30)>
Comunicadora, artista multilinguagens e transativista, atua em pautas ambientais e climáticas unindo arte e mobilização social.>
6 – Victoria Quadros (28)>
Internacionalista do Amapá, com mais de 10 anos em impacto social. Atuou pela TETO na construção de moradias emergenciais e hoje trabalha no fortalecimento de organizações sociais.>
7 – Jarê Aikyry (26)>
Biólogo e diretor executivo do Engajamundo. Coordena o coletivo indígena LGBTQIA+ Miriã Mahsã e pesquisa raça, gênero e clima.>
8 – Raquel Karina (32)>
Licenciada em Letras, é conselheira de juventude no CEPIR-AM, cofundadora do Coletivo Ponta de Lança e organizadora do Festival Afro-ameríndio.>
9 – Ruan Bentes (18)>
Estudante de Economia e ativista pela educação, juventude e clima. Porta-voz da Juventude em Rede Amazonas e diretor de Meio Ambiente da UNE.>
10 – Kelly Araújo (32)>
Quilombola do Maranhão, mestra em História e educadora popular. Integra a revista África e Africanidades e atua na gestão pública para territórios tradicionais.>
11 – Tel Guajajara (25)>
Indígena Guajajara, estudante de Direito na UFPA e membro da OCLAE.>
12 – Ana Luiza Luz (20)>
Quilombola do Maranhão, estudante de Relações Internacionais (UEMA). Foi presidente do Parlamento Jovem Brasileiro e bolsista em programas internacionais como Yale YGS e Sciences Po.>
13 – Maura Palocio (26)>
Cientista e ativista socioambiental pantaneira. Coordena a Rede de Jovens da Reserva da Biosfera do Pantanal e representa o bioma na COP30.>
14 – Vinicius Matheus (21)>
Ativista socioambiental e cofundador do Coletivo CapiClima. Delegado LALA para COP30 e mobilizador regional do MEC na Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente.>
15 – Pedro Dias (25)>
Advogado, especialista em Filosofia, Direitos Humanos e Direito Ambiental. Diretor de Gabinete no Ministério da Saúde em Mato Grosso.>
16 – Wendelo Silva (30)>
Engenheiro Florestal e doutor em Botânica. Coordenador socioambiental do ICMBio em Carajás, atua em pesquisa e gestão para conservação da Amazônia.>
17 – Melissa Gabriela (27)>
Multiartivista paraense, cantora, produtora cultural e transativista. Integra o Coletivo Cultural Marocá e pesquisa ancestralidade e encantaria na Amazônia.>
18 – Samara Borari (23)>
Indígena Borari, comunicadora e estudante de Biologia. Ativista pela justiça socioambiental e valorização das culturas amazônicas.>
19 – Renzo Mascote (26)>
Filósofo, pesquisador e Jovem Embaixador do Clima pela Climate Reality. Presidente da Juventude Socialista de Ananindeua.>
20 – Bianca Galvão (25)>
Advogada e mestranda em Filosofia (UNIR). Vice-diretora do C-PARTES, pesquisa tecnologia, gênero e segurança pública.>
21 – Wilians Santana (27)>
Agricultor familiar em transição agroecológica, sindicalista e ativista LGBTQIAPN+ do campo, florestas e águas.>
22 – Oyniin Suruí (22)>
Jovem comunicador indígena e ativista pela causa indígena e ambiental.>
23 – Uédem Lima (22)>
Indígena Macuxi de Roraima, fundador do projeto Macuxi em Movimento. Estudante de Enfermagem e Pedagogia, atua em coletivos climáticos e no Mapa Educação.>
24 – Reginaldo Cruz (33)>
Liderança indígena que defende a sabedoria ancestral como chave para enfrentar a crise climática.>
25 – Yano Rodrigues (24)>
Presidente do Conselho Estadual de Juventude de Roraima, gestor público e ativista climático no coletivo Jucia.>
26 – Vitor Rodrigues (25)>
Jornalista e comunicador do Tocantins, atua em movimentos estudantis e políticos. Pesquisa comunicação, educação e representatividade.>
27 – Lara Thifanny (23)>
Jovem agricultora familiar de Augustinópolis (TO), atua na preservação da biodiversidade e de seu povo.>
28 – Dyha (24)>
Jovem indígena Karajá, liderança em formação com atuação em defesa do meio ambiente.>