Líder queniano diz que reação ao incêndio na COP30 mostra urgência que falta nas negociações climáticas

Em publicação no LinkedIn, Adow elogiou a atuação das equipes de segurança, que controlaram o fogo em poucos minutos e evitaram um incidente maior.

Publicado em 21 de novembro de 2025 às 12:45

Queniano Mohamed Adow, diretor da Power Shift Africa 
Queniano Mohamed Adow, diretor da Power Shift Africa  Crédito: Marcio Nagano

O queniano Mohamed Adow, diretor da Power Shift Africa e uma das principais vozes do Sul Global nas discussões climáticas, afirmou que o incêndio ocorrido na COP30, na tarde de quinta-feira (20), expôs a diferença entre a rapidez com que o mundo reage a uma ameaça imediata e a lentidão das negociações climáticas.

Em publicação no LinkedIn, Adow elogiou a atuação das equipes de segurança, que controlaram o fogo em poucos minutos e evitaram um incidente maior. Ele destacou que, diante do risco, delegados, trabalhadores e participantes cooperaram espontaneamente, independentemente de origem, posição política ou país.

Para ele, esse comportamento deveria se repetir na mesa de negociações. Adow afirmou que a crise climática não respeita fronteiras e exige a mesma união e prontidão vistas no momento do incêndio.

Vencedor do Climate Breakthrough Award e referência internacional em políticas de energia, o representante queniano disse que a COP30 só será lembrada como um marco se os líderes aplicarem esse nível de urgência ao enfrentamento do colapso climático.

"Se conseguirmos responder às emergências do planeta com a mesma unidade demonstrada naquele momento tenso, a cop30 talvez ainda seja lembrada não por um incidente, mas por um ponto de virada", disse Mohamede Adow.