Loja de sabores amazônicos já fatura mais de R$ 400 mil e conquista turistas e paraenses

Loja Brasil BioMarket vira vitrine de sabores amazônicos na En-Zone da COP30, movimenta mais de R$ 400 mil em vendas e surpreende paraenses e estrangeiros.

Publicado em 19 de novembro de 2025 às 11:26

Loja de sabores amazônicos já fatura mais de R$ 400 mil e conquista turistas e paraenses
Loja de sabores amazônicos já fatura mais de R$ 400 mil e conquista turistas e paraenses Crédito: Divulgação

A Loja Brasil BioMarket, instalada na En-Zone – a área de empreendedorismo da COP30 no Porto Futuro I – virou parada obrigatória de quem circula pelo evento atrás de sabores e lembranças da Amazônia. Só no último domingo (16), o espaço faturou cerca de R$ 20 mil e já soma mais de R$ 400 mil em vendas. Tem turista que entra “só pra olhar” e sai deixando, em média, R$ 400 no caixa.

Nas prateleiras, mais de 250 marcas e 750 produtos diferentes dividem espaço, com forte presença de negócios paraenses: são mais de 100 marcas do estado, somando mais de 400 itens. Farinha de Bragança, camisas marajoaras, artesanato da região bragantina e de Santarém, castanhas, farofas prontas, pimentas, tucupi, molhos, café, açaí liofilizado, grão de açaí torrado, cachaça… a lista é grande e atiça a curiosidade de quem passa.

Os estrangeiros costumam chegar em busca do que já conhecem – principalmente o açaí –, mas acabam descobrindo novos sabores amazônicos. No domingo, circularam pela loja visitantes dos Estados Unidos, Irlanda, França, Portugal, Paquistão, Canadá e Argentina. A boa fluência dos consultores do Sebrae/PA em outros idiomas ajuda a fechar negócio e, de quebra, abre portas para parcerias futuras, já que muitos consumidores querem seguir comprando os produtos depois que a COP30 acabar.

Para quem empreende, o espaço funciona como uma vitrine de luxo. A CEO da Fazenda Bacuri, Hortência Osaqui, conta que começou a se preparar para a conferência ainda em 2023, montando kits presenteáveis com licores e geleias feitos a partir da fruta amazônica. “Trabalhar esse processo artesanal tem sido uma jornada árdua, mas o Sebrae foi fundamental pra gente não desistir. Primeiro veio a agroindústria, depois a abertura de mercado”, resume.

Não são só os gringos que se surpreendem. Os paraenses também têm redescoberto a produção local. A visitante Ruanne Torres saiu encantada com o que encontrou nas gôndolas. “Apesar de ser de Belém, eu não conhecia tantos produtos feitos aqui perto, em Abaetetuba, Ananindeua. O pessoal que trabalha aqui faz quase um tour, mostra curiosidades, responde perguntas… mesmo que a gente não compre, sai levando conhecimento. Eu ainda reencontrei um iogurte da minha infância, que achei que nem existia mais”, contou.

Já Fernando Né destacou o orgulho de ver tanta coisa boa feita no estado. “Tem produtos do Brasil todo, mas como paraense eu fico grato pela quantidade de produtos daqui e com boa qualidade. Tem de tudo: tucupi em caixinha pros turistas levarem, doce de leite, queijo do Marajó, artesanato…”, comentou.

A En-Zone funciona no estacionamento do Porto Futuro I até o dia 21, sempre das 17h às 23h, com entrada franca.