Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 16:30
Acontece até esta sexta-feira, dia 12, Oficina de Avaliação do Risco de Extinção de Aves da Amazônia Ocidental realizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Durante cinco dias, o evento reuniu, na sede do Instituto Tecnológico Vale (ITV), especialistas de diferentes regiões amazônicas para discutir critérios de ameaça e risco de extinção de cerca de 530 espécies. Os dados levantados serão incorporados ao SALVE – Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade, ferramenta essencial para orientar políticas de conservação.>
Diego Lima, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave) do ICMBio, explica que a “ oficina é uma das etapas fundamentais para avaliar o estado de conservação das espécies. O trabalho permite identificar quais aves estão sob maior risco e direcionar esforços para sua proteção, garantindo que medidas concretas sejam tomadas para evitar a perda de biodiversidade”.>
“Essas avaliações vão subsidiar políticas públicas que podem resultar na criação de unidades de conservação, elaboração de leis para proteger regiões onde elas ocorrem ou planos de ação em campo. Também permitem a priorização de recursos financeiros, contribuindo para a conservação da biodiversidade e dos ecossistemas, e desta forma, beneficiando a sociedade como um todo e promovendo a preservação do patrimônio natural”, diz Diego.>
Pesquisador que integra o ITV, Alexandre Aleixo, foi também designado pelo ICMBio como Coordenador de Táxon, cientista especialista em aves da Amazônia para assessor na condução técnica do trabalho. Ele destacou a relevância da análise criteriosa realizada pelos os pesquisadores participantes. “O objetivo é realmente compartilhar experiências e analisar com toda metodologia e critério quais dessas espécies estão enfrentando alguma ameaça, que tipo de ameaça e em que grau, bem como validar aquelas que não estão sob ameaça”, afirma.>
A metodologia aplicada, que envolve as oficinas, segue padrões internacionais estabelecidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que classifica as espécies em diferentes categorias de risco, daquelas extintas às menos preocupantes. A ação integra o calendário regular do ICMBio e terá continuidade no próximo ano com a avaliação das aves da Amazônia Oriental. Após validados, os resultados servirão como base para políticas públicas e planos de ação nacional.>
Com base numa “lista vermelha” gerenciada pela IUCN, as espécies são classificadas de acordo com o grau de risco de extinção: extinta; extinta na natureza; regionalmente extinta; criticamente em perigo; em perigo; vulnerável; quase ameaçada e menos preocupante, entre outras categorias.>