Operação em Anapu apreende madeira ilegal e leva quatro pessoas à delegacia

Polícia Civil apreende mais de 600 m³ de madeira ilegal em Anapu e conduz quatro pessoas à delegacia durante operação contra exploração florestal.

Publicado em 23 de junho de 2025 às 18:34

Operação em Anapu apreende madeira ilegal e leva quatro pessoas à delegacia
Operação em Anapu apreende madeira ilegal e leva quatro pessoas à delegacia Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Uma ação da Polícia Civil em Anapu, sudoeste do Pará, resultou na apreensão de uma grande quantidade de madeira de origem ilegal e na condução de quatro pessoas à delegacia. A operação, batizada de Custos Viridis, foi realizada nos dias 18 e 19 de junho por equipes da Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (DECA) de Altamira, após uma denúncia apontar a movimentação suspeita em uma serraria da região.

De acordo com as investigações, a madeira — mais de 600 metros cúbicos, entre toras e serrada — estava sendo preparada para ser enviada ao estado da Bahia. A denúncia também revelou que o dono da serraria já estava proibido pela Justiça de exercer qualquer atividade de exploração florestal.

Ao chegar ao local indicado, os policiais flagraram trabalhadores carregando dois caminhões com madeira em uma serraria, e pouco depois, encontraram outra serraria próxima também em operação. Nos dois pontos, havia grande volume de madeira sem qualquer documentação legal, como o Documento de Origem Florestal (DOF), exigido por lei.

O dono de um dos estabelecimentos confessou que sabia da proibição judicial, mas mesmo assim continuou atuando no setor. Ele e outro proprietário de serraria, além de dois motoristas que transportariam o material, foram conduzidos à delegacia e deverão responder por crime ambiental.

Ao todo, a operação apreendeu cerca de 289 m³ de madeira em tora, 251 m³ de madeira serrada em uma das serrarias e 132 m³ na outra. Dois caminhões e um celular também foram apreendidos.

A madeira foi entregue às prefeituras de Anapú e Pacajá e deve ser usada em obras públicas como reformas de pontes, escolas e construção de lixeiras em áreas rurais. A destinação segue o previsto na Lei de Crimes Ambientais, que permite o uso beneficente de produtos apreendidos.

As investigações seguem para identificar outros envolvidos no esquema de exploração e transporte ilegal de madeira na região.