Publicado em 10 de setembro de 2024 às 09:53
Petrobras e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vão estudar juntas o desenvolvimento de produtos de baixo carbono, incluindo biocombustíveis, química verde e fertilizantes. A parceria envolve o desenvolvimento de soluções tecnológicas e a implantação de unidades industriais para produção de biocombustíveis e bioprodutos por parte da Petrobras. Em contrapartida, a Embrapa vai desenvolver um protocolo de culturas agrícolas de baixo carbono, envolvendo técnicas agrícolas racionais, a exemplo do protocolo de certificação da soja.
O termo de cooperação, assinado pelas empresas na última sexta-feira, 6, também inclui o desenvolvimento de culturas alternativas à soja, como a macaúba, as culturas de entressafra e consorciadas, o milho safrinha, a carinata (espécie de oleaginosa), entre outras opções que refletem o leque de opções para agroenergia nos diferentes biomas e sistemas de produção do país.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, avalia que “a diversificação e o acesso a matérias-primas com sustentabilidade, qualidade e custo adequados são fundamentais para o sucesso dessas iniciativas, como os biocombustíveis". A empresa quer ofertar produtos fertilizantes para aumentar a disponibilidade no mercado nacional, bem como atender as metas do Plano Nacional de Fertilizantes.
“Para a Embrapa, a retomada da parceria com a Petrobras é estratégica para potencializar suas contribuições para os produtores rurais e para políticas públicas nacionais e internacionais, principalmente em bioeconomia e desenvolvimento sustentável”, afirmou a presidente da empresa, Silvia Massruhá.
Fertilizantes- No campo dos fertilizantes, o objetivo da cooperação é fomentar o desenvolvimento de novos produtos e sua inserção no mercado do agronegócio, como novos fertilizantes com base em ureia, de maior valor agregado, fertilizantes mistos, adubos com granulometria diferenciada e novos insumos sustentáveis, com menor impacto ambiental.
A expectativa é viabilizar a oferta e o uso dessas inovações pelos agricultores, propiciando fertilizantes adaptados às culturas e solos do país, que permitirão safras com maior produtividade para o Brasil.
Segundo Massruhá, a parceria envolve temas como o biometano e biogás, no contexto do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, bem como a formação de redes de pesquisa e desenvolvimento em matérias-primas mais sustentáveis.
“Acreditamos que os dados técnicos e científicos serão de extrema importância no desenvolvimento de novos produtos para o mercado de fertilizantes. A Petrobras está empenhada em desenvolver novas soluções para atender esse setor tão estratégico para o Brasil”, disse Chambriard.
Fábrica- O investimento em fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras, conforme o Plano Estratégico 2024-2028. A empresa anunciou, em agosto, a retomada das atividades da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), em Araucária (PR). Com isso, inicia a sua operação para produção de ureia, Arla 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo) e amônia em território nacional no primeiro semestre de 2025.
Com informações da Secom Presidência