Projeto Carbono Social paga pequenos produtores que preservam a floresta

O objetivo é simples: garantir renda a quem protege a floresta e fortalecer o mercado voluntário de carbono com mais transparência e impacto social.

Publicado em 19 de novembro de 2025 às 14:21

O objetivo é simples: garantir renda a quem protege a floresta e fortalecer o mercado voluntário de carbono com mais transparência e impacto social.
O objetivo é simples: garantir renda a quem protege a floresta e fortalecer o mercado voluntário de carbono com mais transparência e impacto social. Crédito: Divulgação/Sebrae

O Sebrae lançou, na COP30 em Belém, o Projeto Carbono Social, uma iniciativa que transforma práticas sustentáveis de pequenos produtores e comunidades da Amazônia em créditos de carbono rastreáveis. O objetivo é simples: garantir renda a quem protege a floresta e fortalecer o mercado voluntário de carbono com mais transparência e impacto social.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (18), no estande do Sebrae na Green Zone.

Como o projeto funciona

O projeto piloto, iniciado este ano, já envolve 150 agricultores familiares em uma área de 15 mil hectares. Desse total, 8,5 mil hectares incluem sistemas agroflorestais, manejo sustentável e áreas conservadas.

O Sebrae oferece:

• capacitação técnica,

• mapeamento da produção,

• e ferramentas para garantir que o dinheiro vindo dos créditos de carbono chegue diretamente às famílias participantes.

“O carbono social é uma rota de desenvolvimento inclusivo que reconhece quem cuida da floresta”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.

Tecnologia para dar transparência

Um dos destaques do projeto é a plataforma WebGIS, que reúne informações ambientais, produtivas e de carbono.

A ferramenta mostra onde estão os agricultores e como eles produzem, conectando essas iniciativas ao mercado, a financiamentos e a políticas públicas.

Segundo o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, a tecnologia funciona como “uma ponte entre quem preserva e quem precisa compensar suas emissões”.

Parcerias e expansão

O modelo foi desenvolvido em parceria com:

• Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam),

• ReSeed,

• Social Carbon.

A proposta é replicável e pode ser adaptada para outros biomas do Brasil, respeitando as características de cada região.

Durante a COP30, o Sebrae busca novas parcerias internacionais para ampliar o alcance do Carbono Social e reforçar o papel do Brasil na construção de um mercado de carbono mais inclusivo, transparente e baseado em comunidades.