Setor empresarial assina, em Belém, compromisso pelo empreendedorismo sustentável, até 2030

Agenda de Desenvolvimento Econômico Sustentável 2030 tem sete objetivos, que vão de logística reversa à transição energética, à valorização de produtos da bioeconomia e ao direito ao CEP

Publicado em 18 de novembro de 2025 às 14:52

Dentre as propostas do documento, estão  a coleta seletiva para destinação adequada dos resíduos da produção e as parcerias para utilização de combustíveis renováveis. 
Dentre as propostas do documento, estão  a coleta seletiva para destinação adequada dos resíduos da produção e as parcerias para utilização de combustíveis renováveis.  Crédito: Foto Divulgação 

Lideranças do setor produtivo lançam, nessa quarta-feira, 19, em Belém, a Agenda Empresarial de Desenvolvimento Econômico Sustentável 2030. O documento é um pacto das associações de comércio, serviços, indústria e agropecuária para a proteção do meio ambiente, produção sustentável e inclusão social. O evento ocorrerá durante a 30a Conferência das Partes (COP30) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima.

Organizada pelo Conselho Empresarial da Amazônia Legal da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), a agenda é formada por sete objetivos: regulamentar o sistema brasileiro de comércio de emissões de efeito estufa, provocar a criação de incentivos junto ao governo federal, fomentar programas de logística reversa, promover a educação ambiental no meio empresarial, realizar parcerias para a adequação das empresas na progressiva transição energética e valorizar os produtos extraídos da bioeconomia, além de viabilizar o programa CEP Para Todos Amazônia, em parceria com Instituto Liberal de São Paulo.

A agenda propõe, por exemplo, trabalhar para alavancar incentivos como IPTU Verde e ICMS Ecológico em reconhecimento às práticas sustentáveis das empresas. Outras medidas são a coleta seletiva para destinação adequada dos resíduos da produção e as parcerias para utilização de combustíveis renováveis.

Para o eixo de inclusão social, a Confederação trabalha no projeto “CEP para Todos Amazônia”, que reconhece e permite a identificação documental e endereçamento fiscal dos grupos minoritários da região amazônica. “A iniciativa estimulará o empreendedorismo local e dará credibilidade e dignidade do cidadão ribeirinho e rural”, ressalta o presidente da CACB, Alfredo Cotait Neto. Todas as ações serão implementadas seguindo e respeitando a realidade local e cultural.

A execução da agenda ficará a cargo da CACB, que mobilizará as federações estaduais e as associações municipais, além de realizar a prospecção de projetos e captação de recursos por meio de parcerias com setor privado, governos e parlamento brasileiro federal, estadual e municipal, organismos internacionais e da sociedade civil, instituições financeiras e embaixadas.

“Uma das maiores representações do associativismo e coletivo empresarial brasileiro, a Confederação busca contribuir para o desenvolvimento econômico do país, representando 27 Federações, 2.300 Associações Comerciais e Empresariais e mais de 2 milhões de empresas em todo o território nacional”, destaca o presidente da CACB.

De acordo com coordenador do Conselho Empresarial da Amazônia Legal da CACB, Marco Kobayashi, a agenda equaciona temas econômicos, sociais, ambientais e legislativos. “Todos vinculados à promoção do desenvolvimento do empreendedorismo brasileiro, atuando com foco em projetos na Amazônia Legal, levando a força do associativismo nacional para o mundo”, reforça.

Para efeitos jurídicos das ações da agenda, será assinado o Memorando Empresarial de Belém 2025 pelos presidentes da CACB, da Associação Comercial do Pará (ACP), Elizabeth Grunvald, e da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará (Faciapa), Leonardo Pinheiro, e pelo coordenador do Conselho Empresarial da Amazônia Legal da CACB.

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