Publicado em 19 de agosto de 2025 às 17:41
A planta quebra-pedra, conhecida cientificamente como Phyllanthus niruri , é utilizada na medicina tradicional em diversas culturas. Ela cresce em regiões tropicais e subtropicais, como América do Sul, Índia e África. O nome popular “quebra-pedra” surgiu da crença de que a planta pode auxiliar na dissolução de pedras nos rins. A seguir, confira mais informações sobre esse e outros benefícios do chá de quebra-pedra. >
O chá de quebra-pedra é conhecido por ajudar no tratamento de cálculos renais graças às suas propriedades diuréticas, que diluem a concentração de substâncias responsáveis pela formação das pedras. Além disso, seus efeitos relaxantes sobre os músculos do trato urinário facilitam a eliminação dos cálculos já existentes e contribuem com a prevenção de novos. >
O chá de quebra-pedra também possui propriedades anti-inflamatórias que ajudam a reduzir inflamações no trato urinário e em outras partes do corpo. Os flavonoides atuam como antioxidantes , combatendo os radicais livres que causam inflamação nas células, enquanto os taninos têm um efeito adstringente, reduzindo o inchaço e a irritação dos tecidos inflamados. >
A proteção do fígado proporcionada pelo chá de quebra-pedra é atribuída principalmente às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que neutralizam os radicais livres responsáveis por danos celulares. Além disso, a planta estimula a produção de enzimas hepáticas essenciais, contribuindo para a desintoxicação do organismo, a eliminação de toxinas e a manutenção da saúde do fígado. >
“Hoje em dia, é muito comum as pessoas não praticarem hábitos saudáveis de vida, o que pode prejudicar o funcionamento do fígado, abrindo espaço para doenças hepáticas. Dentre esses hábitos, o mais comum é a má alimentação, principal fator de destruição das células hepáticas”, explica o nutrólogo Sandro Ferraz. >
O estudo “Evaluation of Hypoglycemic Potential Effect of Phyllanthus Niruri in Alloxan Induced Diabetic Male Swiss Albino Mice” , publicado na revista “World Journal of Pharmacy and Biotechnology” , demonstra que os extratos das sementes de quebra-pedra são capazes de reduzir significativamente a glicose no sangue. >
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores realizaram testes em camundongos albinos suíços machos, induzidos por aloxana, e observaram que o composto químico aumentou significativamente os níveis de glicose nos grupos doente, padrão, etanólico e aquoso. >
Por outro lado, a administração de extratos das sementes de quebra-pedra reduziu de forma significativa a glicose nos grupos etanólico e aquoso. Apesar dos resultados promissores, o estudo foi conduzido em animais, sendo necessários mais testes clínicos em humanos para confirmar a eficácia e a segurança do chá ou dos extratos de quebra-pedra no controle da glicose. >
Ao aumentar a produção de urina, o chá de quebra-pedra ajuda a eliminar o excesso de líquidos e sódio do corpo. Isso reduz o volume de sangue circulante e, por consequência, diminui a pressão nas paredes dos vasos sanguíneos. A redução da pressão arterial também alivia o esforço sobre o coração, o que pode ajudar a prevenir complicações cardiovasculares. >
O chá de quebra-pedra apresenta propriedades analgésicas que podem aliviar dores relacionadas a cólicas renais e outras condições inflamatórias, como infecções urinárias. Seus compostos bioativos ajudam a reduzir a inflamação e a relaxar os músculos lisos do trato urinário, facilitando a passagem de pedras nos rins e diminuindo a dor causada por espasmos musculares. >
Em uma panela, coloque a água e leve ao fogo médio para ferver. Adicione as folhas secas de quebra-pedra e ferva por cerca de 5 minutos. Coe e sirva em seguida. >
O chá de quebra-pedra é um remédio natural eficaz, mas deve ser usado com cuidado e acompanhamento médico, não ultrapassando o uso de 2 a 3 semanas consecutivas. “É importante ter em mente que cada pessoa é única e que as reações individuais podem variar. O recomendado é o consumo moderado para a maioria das ervas. É preciso não exagerar na quantidade, pois algumas substâncias presentes nas plantas podem ter efeitos colaterais em grandes quantidades”, alerta a nutricionista Ariane Braz A. C. Brasil. >