Publicado em 30 de outubro de 2025 às 16:49
 
Desapegar vai muito além de simplesmente se livrar de objetos materiais. Esse processo também envolve soltar emoções, lembranças e crenças que não contribuem para o crescimento pessoal. Ao praticar o desapego, a pessoa aprende a liberar o que já cumpriu seu papel, criando espaço para novas experiências, relações e oportunidades. >
A psicoterapeuta Daniele Caetano, fundadora da Caminhos da Terapia e da Mentoria Bem Me Quero, explica que esse movimento interno pode transformar o cotidiano e como nos relacionamos conosco e com o mundo. “Desapegar não é apenas uma questão de se desfazer de roupas, papéis ou lembranças antigas. É um movimento profundo que envolve emoções, crenças e vínculos que já não fazem sentido”, afirma. >
Para ela, permitir o desapego é permitir o movimento da vida. “Quando tiramos algo da casa, abrimos espaço — e esse espaço não é só físico, é também mental e emocional . A casa é uma extensão do nosso mundo interno. Ao organizar ou deixar ir, estamos dizendo a nós mesmas: ‘eu confio no novo, eu mereço o novo'”, explica. >
A seguir, a psicoterapeuta apresenta o poder do desapego e ensina como praticá-lo em 8 passos. Confira! >
Observe objetos, hábitos ou relações que não trazem mais bem-estar. Identificar o que está travando sua energia é o primeiro passo. >
Não tente reorganizar toda a casa ou a vida de uma vez. Comece com uma gaveta, uma prateleira ou um cantinho emocional. >
Pergunte-se: isso ainda me representa? Isso me traz boa energia ? Isso tem um propósito na minha vida hoje? Se a resposta for “não” para duas delas, é hora de deixar ir. >
O desapego não é um erro nem significa perder valor. O que cumpriu seu ciclo pode abrir espaço para o novo. >
 
D oar é uma troca de energia. Quem doa se abre para o novo, quem recebe se sente acolhido. Transforme objetos e histórias em oportunidades de recomeço. >
Enquanto desapega, note como seu corpo e mente reagem. Sensações de alívio, leveza ou nostalgia são sinais de conexão com suas memórias e crescimento pessoal. >
Para manter a leveza, adote hábitos simbólicos: abrir as janelas diariamente, acender um incenso, ouvir música que eleve o humor ou fazer limpezas a cada estação. Esses gestos ajudam a renovar o espaço físico e emocional. >
Deixar ir é permitir que novas experiências, relacionamentos e oportunidades entrem em sua vida. Recomeçar é um ato de coragem e amor-próprio. >
Roupas, presentes e lembranças de relações passadas costumam ter carga emocional intensa. “Esses itens são símbolos de vínculos e fases da vida. O medo de se desfazer deles é, na verdade, o medo de perder o que aquela história significou. Mas o que é verdadeiro não está no objeto, está dentro da gente”, reflete Daniele Caetano. >
Deixar ir não significa esquecer ou perder; significa abrir espaço para que a vida aconteça de forma mais leve e verdadeira. Cada objeto, cada lembrança que liberamos, é uma oportunidade de nos reconectar com nós mesmos, de acolher o novo e de celebrar a transformação. >
O desapego é um convite à coragem: coragem de soltar o que não serve, de confiar no futuro e de se permitir recomeçar. E, no final, é nesse processo de liberar que descobrimos que o que realmente importa nunca se perde — ele permanece dentro de nós, guiando cada passo da nossa jornada. >
Por Gabriela Andrade >