Dezembro Laranja: sinais quase invisíveis que podem indicar câncer de pele e como identificá-los a tempo

Manchas que mudam, feridinhas que não fecham e pintas “comportadas” que ficam estranhas: especialista alerta para detalhes que muita gente ignora, mas que podem salvar vidas

Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 11:09

Dezembro Laranja, campanha nacional de prevenção ao câncer de pele.
Dezembro Laranja, campanha nacional de prevenção ao câncer de pele. Crédito: Reprodução

Com o sol forte o ano inteiro e o calor que não dá trégua na Amazônia, a pele vira um verdadeiro “cartão de visitas” do clima paraense e, às vezes, ela tenta avisar quando algo não vai bem. No Dezembro Laranja, campanha nacional de prevenção ao câncer de pele, dermatologistas reforçam que os primeiros sinais da doença podem ser tão discretos que passam semanas, meses e até anos despercebidos.

Segundo especialistas, pequenas manchas novas, pintas que mudam de cor ou tamanho e até “machucados” que nunca cicatrizam merecem atenção. Muitas dessas alterações são vistas como algo comum: “É só uma manchinha”, “É da idade”, “É porque cocei”, mas podem indicar câncer de pele em estágio inicial.

A dermatologista Maria de Fátima Amorim, médica, professora e coordenadora da pós-graduação em Dermatologia reforça que a prevenção é diária e começa no espelho de casa:

“O Dezembro Laranja nos lembra que qualquer pessoa, independentemente da idade ou da cor da pele, precisa observar seus sinais. Uma pinta que muda, uma ferida que não cicatriza ou uma mancha que cresce são motivos para procurar o dermatologista. Quanto antes o diagnóstico é feito, maior é a chance de tratamento simples e eficaz.”

Ela também destaca que a intensidade da radiação amazônica pede cuidados redobrados:

“Mesmo em dias nublados, a radiação está presente. Por isso, sempre digo que parece haver um sol para cada pessoa. Chapéu, roupa com proteção, sombra e protetor solar todos os dias são atitudes que fazem diferença ao longo da vida.”

A especialista orienta sobre cuidados básicos que podem ajudar no diagnóstico precoce:

• Observe o corpo todo diante do espelho: frente, costas, laterais, braços, pernas e pés.

• Peça ajuda para examinar áreas difíceis, como couro cabeludo e parte de trás das coxas.

• Faça isso regularmente, de preferência, uma vez por mês.

• Fotografe pintas para acompanhar alterações.

• Consulte um dermatologista pelo menos uma vez ao ano ou a cada seis meses, se você tem pele clara, histórico familiar ou muitas pintas.

“É muito importante ter em mente que, quando o assunto é câncer de pele, quem presta atenção aos detalhes se protege melhor e evita riscos maiores à saúde”, enfatiza a dermatologista.

Atendimento gratuito à comunidade

A Afya Educação Médica Belém mantém, durante todo o ano, uma agenda contínua de atendimentos gratuitos à comunidade, incluindo serviços em dermatologia. As ações oferecem cuidado acessível à população e, ao mesmo tempo, ampliam a vivência prática dos estudantes.

“Nosso compromisso é entregar um atendimento de qualidade à comunidade enquanto fortalecemos a formação dos médicos com experiências reais e humanizadas”, destaca Thaís Fernandes, diretora da Afya Educação Médica Belém.