Publicado em 23 de outubro de 2025 às 08:27
Relatos recentes nas redes sociais despertaram atenção para um alerta importante: um criador de conteúdo denunciou a compra de um suposto "glitter comestível" para confeitaria que, na verdade, era descrito como feito 100% de plástico. Em resposta, a Anvisa divulgou nota enfatizando que nenhum pó decorativo ou glitter que contenha polipropileno (PP) micronizado está autorizado para uso em alimentos, seja na forma industrializada ou preparada em casa.
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Segundo o órgão, as substâncias destinadas à decoração ou coloração de alimentos, como bolos e doces, devem pertencer ao universo de ingredientes e aditivos alimentares previamente aprovados. Materiais plásticos, mesmo que “atóxicos” para contato com alimentos (como embalagens), não significam que podem ser ingeridos.>
Além disso, a Anvisa lembra que os pós contendo PP micronizado são permitidos apenas para fins decorativos não comestíveis, como peças de cenografia em festas, e jamais como cobertura ou decoração comestível.>
Para evitar o consumo inadvertido de plástico, alguns cuidados práticos são recomendados:>
• Verificar se a denominação do produto indica que é para alimento, por exemplo: “corante alimentar”, “açúcar para confeitar”.>
• Conferir a lista de ingredientes: não deve haver menção a “PP”, “polipropileno”, “PET” ou similares.>
• Observar lote, data de validade, declarações sobre glúten/alergênicos, isso reforça caracterização de alimento.>
• Ter em mente que nas lojas especializadas em festas os pós-comestíveis e os não-comestíveis podem estar lado a lado, o que facilita confusão.>
A Anvisa comunicou ainda que acionou a Rede de Alerta e Comunicação de Risco de Alimentos (Reali) para monitorar eventuais produtos irregulares que denunciem o uso de PP micronizado em alimentos.>
Para confeiteiros, consumidores e familiares de festas, o alerta é claro: o brilho pode encantar, mas é preciso garantir que ele seja seguro para comer, e que não se transforme em plástico “comestível”.>