Bolsonaro deixa custódia da PF e é levado a hospital para cirurgia em Brasília
Ex-presidente foi transferido sob escolta para unidade particular, onde passará por exames e permanecerá internado por pelo menos uma semana.
Publicado em 24 de dezembro de 2025 às 10:42
Pela primeira vez desde que passou a ficar sob custódia da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a Superintendência da corporação na manhã desta quarta-feira (24), em Brasília. O destino foi o hospital DF Star, onde ele dará início aos procedimentos médicos que antecedem uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral, marcada para esta quinta-feira (25).
A saída ocorreu por volta das 9h30 e seguiu um protocolo de segurança determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme a decisão do ministro Alexandre de Moraes, responsável pela autorização, o deslocamento foi realizado de forma discreta, com escolta policial e acesso do ex-presidente à unidade hospitalar pela garagem. Durante o trajeto, um comboio com motocicletas da Polícia Militar interrompeu o trânsito para garantir a passagem.
Mesmo fora das dependências da Polícia Federal, Bolsonaro continuará sob vigilância integral. A determinação prevê monitoramento ininterrupto durante toda a internação, com agentes posicionados na porta do quarto e equipes responsáveis pela segurança dentro e fora do hospital.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi autorizada a acompanhar o ex-presidente como única visitante fixa, com permissão para permanecer ao seu lado durante o período de internação, inclusive na ceia de Natal. Outras visitas, como a de familiares, somente poderão ocorrer mediante autorização judicial prévia.
Por decisão do STF, o uso de celulares, computadores ou qualquer outro dispositivo eletrônico no quarto hospitalar está vetado, exceto equipamentos médicos. Caberá à Polícia Federal fiscalizar o cumprimento da medida.
A liberação temporária para tratamento médico foi concedida após laudo da perícia oficial confirmar o diagnóstico de hérnia inguinal bilateral e indicar a necessidade de intervenção cirúrgica, ainda que sem caráter emergencial. A previsão da equipe médica é de que Bolsonaro permaneça internado por, no mínimo, sete dias após o procedimento.
