Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 09:20
Uma iluminação natalina fora do padrão transformou a Avenida Getúlio Vargas, em Monte Belo, no Sul de Minas Gerais, em assunto nacional. Entre árvores e enfeites típicos do período, uma peça chama atenção pela dimensão e pelo formato: uma calcinha gigante feita com centenas de lâmpadas, que rapidamente viralizou nas redes sociais e dividiu opiniões.>
A escolha, no entanto, não foi aleatória. O município é oficialmente reconhecido pelo Governo de Minas Gerais como Polo de Produção de Moda Íntima, atividade que sustenta uma parcela significativa da população local. Em nota conjunta, a Associação Comercial e Industrial de Monte Belo (Acimb) e a Feira de Moda Íntima de Monte Belo (Feammi), responsáveis pela decoração, afirmaram que a instalação busca valorizar a identidade econômica da cidade.>
Segundo a Acimb, o setor emprega cerca de 4 mil pessoas, mais de 30% dos aproximadamente 13 mil moradores, e reúne em torno de 170 confecções em funcionamento. Para as entidades, a peça iluminada representa trabalho, tradição e desenvolvimento, e não apenas um elemento visual inusitado.>
“Não se trata de provocação ou de uma escolha sem sentido. É o reflexo de uma atividade que gera renda, movimenta a economia e garante sustento a milhares de famílias”, destacou a associação no comunicado.>
Apesar da explicação, a decoração gerou reações divergentes nas redes sociais. Parte do público questionou a adequação do símbolo ao clima natalino, enquanto outros elogiaram a criatividade e a forma de valorizar a vocação produtiva da cidade.>
As entidades reforçaram que a intenção foi dar visibilidade a um setor que moldou a história recente de Monte Belo. De acordo com a Acimb, desde a costura até a distribuição, a cadeia produtiva da moda íntima é responsável por transformar a realidade econômica do município e garantir melhores condições de vida a muitas famílias, inclusive durante o período de festas.>
Para os organizadores, a iluminação diferente vai além do impacto visual: é uma forma de afirmar com orgulho aquilo que a cidade produz e que sustenta boa parte da sua população.>