Carrefour reajusta quadro de funcionários e demite 2.200 colaboradores dias antes do natal

O número representa 1,5% dos funcionários do grupo.

Publicado em 12 de dezembro de 2024 às 14:15

Carrefour reajusta quadro de funcionários e demite 2.200 colaboradores dias antes do natal
Carrefour reajusta quadro de funcionários e demite 2.200 colaboradores dias antes do natal Crédito: Reprodução/Carrefour

A cadeia de supermercados Carrefour, proprietária também do Atacadão e do Sam's Club, está dispensando 2.200 empregados às vésperas das festividades natalinas. A quantidade de funcionários dispensados representa 1,5% do total do grupo, que conta com 130 mil colaboradores diretos e indiretos. A companhia não especificou quais são os cargos onde ocorrem as demissões.

Por meio de uma declaração ao jornal Folha de S. Paulo, o Carrefour declarou que as dispensas "são um processo normal no comércio varejista e não afetam a operação de fim de ano ou o serviço ao cliente". A rede também conta com postos de combustível e farmácias sob sua marca.

A empresa informou que, em outubro deste ano, disponibilizou 6.000 postos de trabalho, ainda em processo de preenchimento. Existem oportunidades para profissionais como padeiro, açougueiro, empacotador, caixa, repositor, técnico de manutenção e operador de empilhadeira. As admissões ocorrem em 20 Estados do Brasil e no Distrito Federal.

A onda de demissões no Carrefour se opõe às contratações temporárias realizadas por varejistas nesta época do ano. Conforme a estimativa da Associação Brasileira de Supermercados, espera-se um crescimento de 12% no consumo no período que antecede as celebrações de Natal e Ano Novo, em comparação com o período homólogo.

O Carrefour protagonizou recentemente uma crise diplomática que envolveu a França e o Brasil. No mês passado, Alexandre Bompard, presidente mundial da rede, anunciou que a rede francesa deixaria de adquirir carne dos países que integram o Mercosul, como forma de demonstrar seu apoio aos agricultores locais. Após 6 dias de boicote promovido pelos frigoríficos brasileiros, apoiado por alguns políticos, o CEO apresentou um pedido de desculpas por uma carta, dirigida ao ministro da Agricultura brasileiro, Carlos Fávaro.