Publicado em 2 de setembro de 2025 às 16:42
A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pediu nesta terça-feira (2) que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha válido o acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal nas investigações sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022.>
Durante sustentação oral, o advogado Jair Alves Pereira rebateu acusações feitas por outros réus citados nos depoimentos de Cid e negou que o militar tenha sido coagido a delatar. As suspeitas surgiram depois que áudios divulgados pela Veja, no ano passado, mostraram Cid insinuando pressão para incriminar Bolsonaro e aliados.>
“Ele nunca afirmou isso de forma direta. Apenas confrontou ideias e a investigação, o que é legítimo em um Estado Democrático de Direito. Qual indiciado concorda integralmente com delegado ou juiz?”, disse Pereira.>
Na ação penal, Cid é ao mesmo tempo réu e colaborador. Pelo acordo, ele tem direito a responder em liberdade e pode ter a pena reduzida em caso de condenação.>
O advogado também alegou que Cid não teve participação no “Plano Punhal Verde-Amarelo”, documento que, segundo a PGR, previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, o militar apenas recebeu o arquivo no celular, mas não integrava os grupos de WhatsApp em que o plano circulava.>
“Peço a confirmação da colaboração premiada, com todos os benefícios ajustados, nos termos das nossas alegações finais”, concluiu Pereira.>
A sessão segue com as falas dos demais advogados.>