Deputados cobram explicações da embaixada da Indonésia por demora no resgate de Juliana Marins

Deputados questiaonaram a demora no resgate da brasileira Juliana Marins, que faleceu após queda no vulcão Rinjani.

Publicado em 26 de junho de 2025 às 14:26

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Reprodução Crédito: Redes sociais - Agência Brasil 

A trágica morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, continua gerando repercussão no cenário político brasileiro. Deputados federais protocolaram um pedido de investigação junto ao Itamaraty e querem explicações formais da Embaixada da Indonésia sobre a suposta demora no resgate da jovem.

Os parlamentares Marcelo Queiroz (PP-RJ), Fred Costa (PRD-MG), Delegado Bruno Lima (PP-SP) e Delegado Matheus Laiola (União-PR) assinaram o pedido. Eles questionam se houve negligência das autoridades locais durante as buscas, uma vez que Juliana teria sido vista com vida após cair na cratera do vulcão, mas só teve o corpo resgatado quatro dias depois.

“É inaceitável que uma brasileira tenha sofrido por tanto tempo sem o socorro necessário. A dor da família precisa ser respeitada, e a Indonésia tem o dever de dar explicações”, disse um dos deputados signatários.

O grupo pediu que o Ministério das Relações Exteriores interceda de forma mais enérgica, cobrando transparência nos detalhes da operação de resgate e responsabilização em caso de omissão.

Entenda o caso

Juliana, natural de Niterói (RJ), estava fazendo um mochilão pela Indonésia quando sofreu uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, o segundo maior vulcão do país. Imagens de drone localizaram seu corpo dias depois, mas o terreno acidentado e o mau tempo teriam dificultado a ação das equipes locais de resgate.

A família acredita que Juliana poderia ter sido salva se o resgate tivesse sido feito nas primeiras horas após a queda. Em nota nas redes sociais, afirmaram que houve negligência e lentidão na resposta das autoridades indonésias.

Projeto de lei em homenagem

A comoção causada pela morte de Juliana também inspirou o senador Romário (PL-RJ) a propor a criação da Lei Juliana Marins, que prevê que o governo brasileiro possa arcar com os custos de translado e cremação de brasileiros mortos no exterior quando a família não tiver condições financeiras.