Empresário paulista quebra escritório de advocacia e faz denuncia: “Me devem R$ 15 milhões”
Enzo acusa o escritório de atuar de forma fraudulenta em processos que envolvem valores milionários, e, afirma que foi lesado em R$15 milhões em uma ação de R$90 milhões.
Publicado em 27 de junho de 2025 às 23:48
Enzo Gorentzvaig, advogado e empresário paulista, usou as redes sociais para denunciar e acusar o escritório Luc Advogados de suposta má-fé em processos defendidos por eles. De acordo com Enzo, o escritório teria atuado representando mais de uma parte na mesma ação judicial, sem a ciência dos envolvidos na questão. O escritório, segundo Gorentzvaig, cobrava honorários abusivos e o excluía de receber valores previstos em um contrato de R$15 milhões, no qual atuou como intermediário. Em um vídeo que ganhou repercussão nas redes sociais, Enzo aparece irritado, xingando os presentes aos gritos e afirmando que no local estaria “cheio de bandidos”.
De acordo com o empresário – que trabalha com financiamento de litígios, um tipo de financiamento de disputas judiciais – responsável por processos envolvendo herança e sucessão, ele contratou o escritório para atuar em uma ação e realizou pagamentos de honorários exorbitantes.
Gorentzvaig descobriu as irregularidades e denunciou o escritório Luc Advogados à OAB de São Paulo. As acusações do advogado são: conflito de interesses, representação simultânea de partes opostas em processos e a venda de ações de investidores da região da Faria Lima, em São Paulo, ou seja, o escritório obtinha vantagem dos dois lados, além de sofrer um calote após ter atuado como intermediário.
O empresário resolveu expor a situação nas redes sociais e acabou recebendo relatos de outros clientes que afirmam ter passado por situações semelhantes, apontando as mesmas práticas por parte do escritório. Enzo prometeu voltar com a Polícia Civil no escritório de advocacia Luc Advogados.
O artigo 355 do código penal brasileiro veda que advogados atuem em partes contrárias do mesmo processo, ou seja, não podem representar o autor e réu na mesma ação judicial. A situação narrada é considerada no Direito como crime, e, é classificado patrocínio simultâneo ou tergiversação com pena de detenção, de seis meses a três anos, mais aplicação de multa.
Com informações do Portal Léo Dias
