Publicado em 30 de maio de 2025 às 15:30
A influenciadora Virgínia Fonseca anunciou, no dia 27 de maio, o fim de seu casamento com o cantor Zé Felipe. O divórcio, revelado menos de duas semanas após sua participação na CPI das Apostas Esportivas, chamou a atenção não só pelo aspecto emocional, mas também pelos possíveis efeitos jurídicos e financeiros.
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Virgínia, que vem sendo investigada por contratos milionários com casas de apostas, pode estar, segundo especialistas, se antecipando a uma possível responsabilização patrimonial no caso de sanções legais ao fim da CPI. Isso porque, no regime de comunhão parcial de bens, tudo o que foi construído durante o casamento é dividido meio a meio, mas a separação pode mudar esse cenário completamente, ou seja, a divisão pode proteger milhões. >
A influenciadora firmou contratos que, segundo documentos da CPI, poderiam render até R$ 64 milhões, incluindo bônus condicionados a metas de lucro com a casa de apostas Betnacional. Caso seja responsabilizada e a Justiça venha a exigir devoluções, ter bens em nome do ex-marido, agora legalmente separado, poderia representar uma blindagem patrimonial estratégica. >
Em outras palavras, se Virgínia perder na CPI e for processada civilmente, o patrimônio que já tiver sido formalmente separado por ocasião do divórcio não poderá ser alcançado pelas decisões judiciais, caso esteja em nome de Zé Felipe.>
Advogados especializados em direito de família explicam que, dependendo dos termos do acordo de separação, ela pode abrir mão de parte do patrimônio em nome do ex-marido, como forma de proteger parte dos bens da possível responsabilização futura.>
Do desgaste público à reconstrução de imagem>
Virgínia foi criticada em sua participação na CPI por suposta falta de preparo e seriedade. O episódio custou caro: mais de 600 mil seguidores abandonaram seu perfil no Instagram nos dias seguintes.>
Entretanto, com o anúncio do divórcio, a maré virou. Ela recuperou mais de 300 mil seguidores em 12 horas, e passou a ser vista novamente como figura “humana”, lidando com uma separação pública e dolorosa. Nas redes, ganhou apoio de mulheres e fãs que se solidarizaram com sua situação pessoal.>
Analistas de imagem pública enxergam o movimento como uma mudança narrativa eficaz, deslocando a atenção da CPI para a vida pessoal. E, no mundo do marketing digital, isso vale engajamento, contratos e poder de influência.>
Já no campo jurídico, se confirmada a intenção de proteger parte do patrimônio, a separação também pode ser um escudo contra eventuais perdas em processos cíveis e multas, caso as investigações avancem.>
E a CPI?>
A CPI das Apostas segue ativa no Senado, com novas convocações e pedidos de quebra de sigilos. A comissão já solicitou relatórios de inteligência financeira envolvendo Virgínia e outros influenciadores investigados. O objetivo é rastrear possíveis irregularidades ou lucros excessivos em campanhas de apostas.>
A defesa da influenciadora afirma que ela não infringiu nenhuma lei, apenas atuou como divulgadora de plataformas legalizadas.>
A separação pode ter sido o gesto que salvou Virgínia em duas frentes: a da imagem pública, e a do patrimônio. Se o cenário apertar juridicamente, ela poderá argumentar que parte dos bens já foi transferida no divórcio e, com isso, evitar perdas ainda maiores.>