Execução em Cumbica: veja lista de joias que delator morto levava na mala

Gritzbach era delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de novembro de 2024 às 18:27

Joias que estavam em posse de empresário executado
Joias que estavam em posse de empresário executado Crédito: Reprodução

Anéis, pulseiras, colares e pingentes com pedras em formato de coração estavam entre as mais de 20 joias que o empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, morto na sexta-feira, 8, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, transportava na mala.

As joias foram apreendidas pela polícia. Elas tinham certificado de joalherias como Bulgari, Cristovam Joalheria, Vivara e Cartier e estão avaliadas em R$ 1 milhão.

Veja a lista completa:

2 anéis de metal prateado com pedraria

2 anéis de metal prateado com pedraria em forma de coroa

2 anéis de metal prateado com pedras esverdeadas em formato de coração

1 anel de metal prateado com pedraria e uma pedra esverdeada central em forma de pingo

1 anel de metal prateado com uma pedra rosada em forma de coração

1 anel de metal prateado com duas pedras pequenas esverdeadas e uma pedra esverdeada maior ao centro

1 anel de metal prateado com pedraria e pedra esverdeada central em forma de pingo

1 anel de metal prateado com seis pedrinhas esverdeadas e um pedra prateada central

2 pulseiras de metal prateado com pingente de mini cadeado

1 pulseira de metal prateado com pedrarias lacre

2 pulseiras de metal prateado com pedras esverdeadas e prateadas

1 pulseira de metal dourado

1 colar de metal prateado com pingente de pedra esverdeada em forma de coração

1 colar de metal prateado com pingente de pedraria prateada

1 colar de metal prateado com 2 pingentes de pedra rosada em forma de coração

1 par de brincos de pedra rosa e prateada com tarraxas

1 par de brincos de pedra verde e branca com tarraxas

1 par de brincos de pedras verdes com tarraxas

1 par de brincos de pedras prateadas com tarraxas

1 par de brincos de pedra

1 par de brincos de metal dourado escrito Bulgari com tarraxas

1 par de brincos de pedras esverdeadas com tarraxas

1 par de brincos com pedras prateadas com tarraxas

1 par de brincos de pedras azuladas e esverdeadas com tarraxas

1 par de brincos de metal dourado sem tarraxa

1 par de argolas pequenas de metal dourado com pedraria

1 pedrinha azulada

1 porta joias pequeno de tecido azul claro

2 certificados Vivara,

4 certificados Cartier

1 certificado Bulgari

1 certificado Cristovam Joalheria

1 certificado IBGM gemologia

Ataque no Terminal 2 de Cumbica

O ataque ocorreu por volta das 16 horas. Uma dupla de criminosos realizou pelo menos 27 disparos, conforme a perícia. Logo depois, os atiradores, encapuzados, entraram rapidamente em um carro preto e fugiram. Ninguém foi preso até o momento.

O delator voltava de viagem quando foi executado. As imagens das câmeras de segurança do Aeroporto de Guarulhos mostram Gritzbach levando uma mala de rodinhas quando é surpreendido pelos atiradores. Ele tenta fugir, é atingido pelos disparos e cai perto da faixa de pedestres. É possível ver outras pessoas correndo por causa do tiroteio.

Os disparos também mataram o motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos. Ele estava na área de desembarque do Terminal 2 quando foi atingido por um tiro de fuzil nas costas. O corpo de Novais foi enterrado nesta segunda, 11.

Gritzbach estava no centro de uma das maiores investigações feitas até hoje sobre a lavagem de dinheiro do PCC em São Paulo, envolvendo os negócios da facção paulista na região do Tatuapé, na zona leste da capital. Sua trajetória está associada à chegada do dinheiro do tráfico internacional de drogas à facção

O empresário fechou acordo de delação premiada, homologado pela Justiça em abril. As negociações com o Ministério Público Estadual duravam dois anos e ele já havia prestado seis depoimentos. Na delação, falou sobre envolvimento do PCC, a maior organização criminosa do País, com o futebol e o mercado imobiliário. Como o Estadão mostrou, entre os bandidos, dizia-se que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela cabeça do delator.