Publicado em 28 de novembro de 2025 às 13:39
A expectativa de vida das mulheres brasileiras alcançou 79,9 anos em 2024, segundo dados da Tábua de Mortalidade divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (28). O número reforça a tendência histórica de maior longevidade feminina no país.>
Enquanto a esperança média de vida da população brasileira é de 76,6 anos — o maior valor já registrado desde o início da série histórica, em 1940 —, os homens ficam bem abaixo da média nacional, com projeção de viver 73,3 anos. Isso representa um diferencial de 6,6 anos a mais para as mulheres.>
Essa diferença não é nova. Em 1940, porém, ela era menor: 5,4 anos separavam a vida média de homens e mulheres. O maior distanciamento foi observado em 2000, quando chegou a 7,8 anos.>
Por que elas vivem mais?>
O IBGE explica que a disparidade está diretamente ligada a fatores sociais e históricos. Com o processo de urbanização e metropolização do Brasil, principalmente a partir dos anos 1980, os homens passaram a morrer mais em decorrência de causas externas — como homicídios, acidentes de trânsito e outras situações de risco.>
Entre jovens e adultos, a sobremortalidade masculina é ainda mais evidente. Em 2024:>
• Homens entre 20 e 24 anos têm 4,1 vezes mais risco de morrer do que mulheres da mesma idade.>
• Entre 15 e 19 anos, o índice é de 3,4 vezes.>
• Na faixa de 25 a 29 anos, 3,5 vezes.>
Ou seja: um homem jovem tem probabilidades muito maiores de não atingir idades mais avançadas.>
Viver mais também após os 60>
O estudo mostra ainda que, ao atingir os 60 anos, as mulheres tendem a viver mais do que os homens por um período maior:>
• Quem completa 60 anos hoje deve viver, em média, mais 24,2 anos>
• Homens da mesma idade vivem mais 20,8 anos>
Em 1940, esse tempo extra para as mulheres era de apenas 13,2 anos.>
Avanços que mudam o cenário>
A melhoria constante nos indicadores de saúde pública tem papel importante na maior sobrevivência das mulheres — e da população como um todo. Campanhas de vacinação, maior acesso ao pré-natal, saneamento básico e elevação da renda contribuíram para reduzir mortes precoces, especialmente na infância.>
Apesar de oscilações recentes, como na pandemia de covid-19, o Brasil segue uma trajetória de aumento da longevidade, e as mulheres continuam sendo protagonistas dessa evolução.>
Com informações da Agência Brasil>