Ferrari, relógios e dinheiro são apreendidos pela PF durante prisão do 'Careca do INSS'

Além da prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o 'Careca do INSS', foi cumprido o mandado de prisão preventiva contra o empresário Maurício Camisotti durante a operação 'Sem Desconto'

Publicado em 12 de setembro de 2025 às 08:51

(Ferrari, relógios de luxo e dinheiro foram apreendidos)
(Ferrari, relógios de luxo e dinheiro foram apreendidos) Crédito: Ascom Polícia Federal

Na manhã desta sexta-feira (12), a Polícia Federal (PF) apreendeu uma Ferrari vermelha, relógios de luxo e dinheiro durante a busca e apreensão contra o sócio do advogado Nelson Willians. Além disso, a PF apreendeu várias obras de arte.

Willians e seu sócio foram alvos de mandados de busca e apreensão na nova fase da operação Sem Desconto, que investiga fraudes em descontos irregulares e não autorizados por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

Conforme dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), entre os anos de 2019 e 2024, o escritório de Nelson Willians movimentou R$ 4,3 bilhões em operações financeiras consideradas suspeitas.

As movimentações do escritório Nelson Wilians Advogados aparecem em Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) enviados à PF que apura a “farra do INSS”.

Ainda na manhã desta sexta-feira, o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, apontado como operador do esquema de descontos pela PF, uma espécie de lobista, também foi preso durante a operação. Ele foi levado para a PF de Brasília. De acordo com a PF, ele transferiu 9,3 milhões entre 2023 e 2024 para servidores da instituição.

A PF também prendeu o empresário Maurício Camisotti. Ele é suspeito de integrar o esquema bilionário de descontos irregulares e aplicar golpe na instituição previdenciária. O empresário é suspeito de pagar propina para diretores do INSS para favorecer as entidades envolvidas e obter, por meio da instituição, dados cadastrais de beneficiários, repassando as informações para as entidades acusadas de fraudar filiações para cobrar mensalidades indevidas. O esquema operado por Maurício Camisotti provocou um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos.

No total, a PF cumpre dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal. As operações acontecem nos estados de São Paulo e no Distrito Federal.

Com informações do portal Metrópoles