Publicado em 21 de outubro de 2025 às 10:09
A Petrobras iniciou nesta terça-feira (21), a redução no preço da gasolina vendida às distribuidoras. O valor do combustível caiu 4,9%, o equivalente a R$ 0,14 por litro, passando de R$ 2,85 para R$ 2,71 em média. É o primeiro corte desde julho e reflete a queda nas cotações internacionais do petróleo, além da defasagem acumulada em relação aos preços praticados no mercado externo.
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No acumulado de 2025, a Petrobras já reduziu R$ 0,31 por litro, o que representa uma queda total de 10,3%. Os preços do diesel e do gás de cozinha (GLP), porém, seguem inalterados.>
Apesar da redução nas refinarias, o reajuste não deve chegar imediatamente às bombas. O preço final pago pelos motoristas depende de tributos estaduais e federais, margens de distribuição e revenda e custos logísticos de cada região. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina comum no país estava em R$ 6,22 na semana passada.>
O corte ocorre em um momento de recuo nas cotações do barril de petróleo, após semanas de instabilidade provocadas por tensões geopolíticas e sinais de desaceleração da economia global. Internamente, a redução também responde a pressões políticas sobre a Petrobras. Nas últimas semanas, parlamentares e integrantes do governo federal cobraram a revisão dos preços, diante da defasagem acumulada e da melhora do cenário internacional.>
A última divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referente a setembro, registrou alta de 0,48%, acumulando 5,17% em 12 meses, segundo o IBGE. O grupo dos combustíveis teve alta de 0,87% no período, puxado principalmente pelo etanol (2,25%), gasolina (0,75%) e óleo diesel (0,38%).>
Com a redução no preço da gasolina, o mercado projeta alívio na inflação. Segundo a Warren Investimentos, o impacto deve ser sentido a partir de novembro. Ainda conforme a corretora, a queda é de 1,58% na bomba no IPCA de novembro e com o reajuste, a projeção de inflação para 2025 recua de 4,5% para 4,4%.>
Por: Elias Felippe (Estagiário sob supervisão de Danielle Zuquim, editora-chefe da manhã).>