Publicado em 25 de novembro de 2025 às 22:11
Uma operação das Polícias Civis do Paraná e de São Paulo, deflagrada nesta terça-feira, 25, mira uma quadrilha suspeita de movimentar R$ 14 milhões aplicando o golpe do presente em aniversariantes. Somente no Paraná, foram mais de 270 vítimas, mas o grupo agiu em ao menos outros quatro Estados - São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia.>
Os policiais foram às ruas cumprir 41 mandados de prisão, 90 de busca e apreensão na capital paulista, em São Bernardo do Campo e Diadema, na Grande São Paulo. Com base no balanço mais recente, do fim da manhã desta terça-feira, 28 pessoas tinham sido presas temporariamente em cidades paulistas.>
"Os autores são todos do Estado de São Paulo. Prendemos hoje os operadores financeiros, ou seja, as pessoas que recebiam os valores dos golpes, e prendemos os motoboys que vinham de São Paulo ao Paraná aplicar o golpe", explicou o delegado Emmanoel David, da Polícia Civil do Paraná.>
Segundo ele, os criminosos procuravam as vítimas que estavam fazendo aniversário a partir de consultas na internet e se passavam por floriculturas ou lojas de chocolate. Eles alegavam que precisavam entregar um presente à vítima e que iriam cobrar uma taxa para o serviço do motoboy. "Ao passar o frete daquela entrega, acabavam passando um valor a mais", disse o delegado.>
Havia casos em que os golpistas trocavam o cartão da vítima por outro sem que ela percebesse. A investigação, que começou há um ano, constatou que os criminosos também usavam maquininhas de cartão adulteradas para roubar as informações do cartão e a senha.>
"Somente no Paraná, pessoas dessa organização criminosa foram presas duas vezes em flagrante, quando foram apreendidas diversas maquininhas. Em março, nós prendemos parte dessa quadrilha em Curitiba. Voltaram para Curitiba e foram presos novamente. E foram presos também em outros Estados", contou o delegado.>
Após a aplicação do golpe, o dinheiro era rapidamente pulverizado para diversas contas bancárias de laranjas com o intuito de ocultar os valores e dificultar o rastreamento pelas instituições financeiras e pela polícia. A Justiça ordenou o bloqueio de 41 contas bancárias de investigados.>