Homem derruba criança e agride policial em festa junina de escola no Distrito Federal

Após a cena, os pais entraram em vias de fato e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada para conter os ânimos dos pais.

Publicado em 16 de junho de 2025 às 09:57

Um homem derrubou e apontou o dedo na cara de uma criança durante festa junina no Distrito Federal.
Um homem derrubou e apontou o dedo na cara de uma criança durante festa junina no Distrito Federal. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Um homem identificado como Douglas Filipe Parisio Lima, de 41 anos, derrubou e apontou o dedo na cara de uma criança e a segurou pelo pescoço, após o menino brigar com o filho dele, durante uma festa junina que aconteceu em uma escola particular de Vicente Pires, localizada no Distrito Federal, na tarde deste domingo (15). Após a cena, uma policial civil que estava na festa deu ordem de prisão a Douglas, que desferiu um tapa contra o rosto da agente.

As crianças envolvidas na confusão têm 3 e 4 anos. Após a cena, os pais entraram em vias de fato e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada para conter os ânimos dos pais. O agressor foi levado à 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), onde foi feito o flagrante. O caso fica sob responsabilidade da 38ª DP (Vicente Pires), que vai encaminhar à Justiça. Douglas Parisio responde por desacato e vias de fato.

Imagens mostram o momento que Douglas derruba o garoto durante a apresentação das crianças na festa. O agressor é analista de sistema, e em depoimento à polícia, ele disse que o filho dele é agredido com frequência pelo menino e que “perdeu a cabeça” no decorrer da festa.

Em nota, a advogada de Douglas, Marleide Anatolia Pereira da Silva, disse que o filho de seu cliente “tem sido alvo de constantes episódios de bullying e agressões físicas dentro do ambiente escolar, praticadas reiteradamente pelo colega”.

“Por diversas vezes, a família buscou o amparo da instituição de ensino, notificando o corpo docente e solicitando providências imediatas. Contudo, o que encontraram foi uma postura de omissão, silenciamento e conivência, que contribuiu para a perpetuação das agressões”, relatou.

Sobre o episódio deste domingo, a advogada afirmou que Douglas agiu após presenciar “com os próprios olhos mais uma agressão praticada contra seu filho, ocorrida diante de todos, em pleno palco da escola”. Ela declarou que seu cliente sabe que errou.

“Ele não nega a falha na forma como reagiu, tampouco deseja se esquivar de suas responsabilidades. Está profundamente arrependido, triste e envergonhado, no entanto, é preciso compreender o contexto: um pai que vê seu filho, por meses, ser agredido e humilhado sem qualquer respaldo institucional, e que, em desespero, age movido pela urgência de proteger o que tem de mais precioso”, disse a advogada.

Ela acrescenta que Douglas “está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários e que este episódio será enfrentado com a seriedade que merece, respeitando os trâmites legais e as pessoas envolvidas”.

Com informações do Metrópoles