Juíza que tornou Oruam réu perdeu marido policial em ação do Comando Vermelho; saiba mais
Em uma publicação recente, Tula lamentou a perda do marido: “As pessoas me perguntam com frequência 'Como você está?'. Estou indo; estou bem. Mas a verdade é que eu jamais estive bem"; confira
Publicado em 2 de agosto de 2025 às 20:50
A juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal do Rio, aceitou a denúncia contra o rapper Oruam por tentativa de homicídio qualificada contra policiais civis. No entanto, o caso ganhou contornos mais delicados após a revelação de que a magistrada perdeu o marido, o policial João Pedro Marquini, morto por traficantes do Comando Vermelho em março deste ano.
João Pedro, de 38 anos, integrava a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil. Ele foi assassinado após um ataque de criminosos que saíram da Zona Sul para agir em Santa Cruz, na Zona Oeste. A juíza, que vinha logo atrás em outro carro blindado, também foi atacada, mas não se feriu.
Em uma publicação recente, Tula lamentou a perda do marido: “As pessoas me perguntam com frequência 'Como você está?'. Estou indo; estou bem. Mas a verdade é que eu jamais estive bem. (...) Como entender tanta crueldade. Na vida de quem sempre lutou por justiça”, escreveu.
Oruam, filho de Marcinho VP, foi preso após lançar pedras contra agentes durante cumprimento de mandado no Joá. O MPRJ sustenta que houve dolo eventual, já que os objetos pesavam até 4,85 kg e poderiam causar mortes. A juíza também expediu um novo mandado de prisão preventiva contra o artista.
Além da acusação, Oruam responde por outros sete crimes, entre eles tráfico, associação ao tráfico, desacato e lesão corporal. Esta é a primeira vez que ele se torna réu no episódio envolvendo os ataques aos policiais.
