Publicado em 17 de agosto de 2025 às 08:57
A Justiça de São Paulo determinou, na última sexta-feira, 15, a prisão preventiva (sem prazo determinado) do policial militar Fabio Anderson Pereira de Almeida, de 35 anos, acusado de matar o marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, após confundi-lo com um assaltante. O caso aconteceu em Parelheiros, distrito da zona sul da capital.>
A reportagem procurou a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) e a Polícia Militar, que não retornaram até a publicação deste texto. A reportagem também não localizou a defesa do agente - o espaço segue aberto.>
O caso aconteceu no dia 4 de julho. O policial militar Fabio de Almeida estava de folga, quando sofreu uma tentativa de assalto por dois criminosos, que queriam roubar a sua moto. Almeida reagiu e disparou contra a dupla, que fugiu a pé.>
Minutos depois, o policial militar teria visto Guilherme correndo pela calçada e acreditou que fosse um dos assaltantes. O policial atirou três vezes contra a vítima e um dos disparos atingiu a cabeça do marceneiro, que morreu por traumatismo cranioencefálico. Guilherme tinha saído do trabalho e corria para pegar o ônibus.>
Outro tiro efetuado pelo militar acabou, por acidente, acertando o braço esquerdo de uma mulher, que estava em um ponto de ônibus. Ela sobreviveu.>
"Os fatos relatados indicam, portanto, seu alto grau de periculosidade evidenciado no modus operandi do ato criminoso, a impor a sua segregação cautelar", afirmou a juíza Paula Marie Konno, que assina a sentença.>
A magistrada acolheu a denúncia do Ministério Público, que vê o caso como um crime hediondo - por uso de arma de fogo contra uma pessoa inocente e impossibilidade de defesa da vítima, que estava de costas no momento dos disparos.>
Paula ainda afirma que os laudos periciais, o laudo necroscópico da vítima, documentos médicos hospitalares dos atendimentos referentes à mulher que também foi atingida e depoimentos das testemunhas provam a materialidade do crime.>
"Neste sentido: a gravidade concreta do crime e a periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi, constituem fundamentação idônea para a decretação da custódia preventiva", acrescentou Konno.>
Conforme o site UOL, o policial militar foi preso na madrugada deste sábado e levado para o Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo.>