Justiça devolve BMW de Poze e autoriza cantor a fazer shows fora do Rio de Janeiro

O MC é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas, e chegou a ser preso em maio deste ano.

Publicado em 14 de agosto de 2025 às 19:56

Policiais civis prenderam o cantor MC Poze do Rodo, nesta quinta-feira (29), no Rio de Janeiro.
Policiais civis prenderam o cantor MC Poze do Rodo, nesta quinta-feira (29), no Rio de Janeiro. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Após uma decisão emitida nesta quinta-feira (14), a Justiça do Rio de Janeiro devolveu a BMW de Marlon Brendon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo, que havia sido retida durante a prisão do artista no final do mês de maio.

A decisão de hoje foi pela 1ª Vara Criminal da Regional de Jacarepaguá e assinada pela juíza substituta Beatriz de Oliveira Monteiro Marques, que autorizou ainda a realização de shows do cantor fora do Rio de Janeiro.

Poze também não precisa mais comparecer mensalmente em juízo até o dia 10 de cada mês para informar e justificar suas atividades. O MC é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas. Segundo a polícia, o cantor também é investigado por lavar dinheiro do tráfico, mais especificamente da facção Comando Vermelho (CV).

Após a decisão, a defesa do cantor se manifestou. “O mandado de busca e apreensão permitia a busca apenas de armas de fogo e eletrônicos. Não foram encontrados nenhuma arma nem eletrônicos. Não foram encontrados nenhuma arma de fogo, pois não há nenhuma, e os eletrônicos apreendidos foram devolvidos porque o afastamento do sigilo de dados foi negado”, disse Fernando Henrique Cardoso, advogado de Poze.

A defesa também se manifestou sobre a revogação de quatro das seis medidas cautelares impostas quando ele foi solto.

“Após o cumprimento da busca e apreensão e da prisão, que ficou conhecido como peça teatral de péssimo gosto, que remontava uma liturgia escravocrata televisionada em tempo real, o Poder Judiciário identificou não só a espetacularização de um ato que deveria ser sigiloso como diversos atos de abuso de autoridade, devolvendo todos os pertences apreendidos ilegalmente pela DRE, corrigindo a rebeldia praticada”, disse Fernando Henrique Cardoso.