Marinha do Brasil faz história e mulheres poderão integrar todas as áreas da força armada
A medida permite atuação feminina em submarinos, mergulho e operações especiais, e consolida a força como pioneira na igualdade de gênero entre as Forças Armadas.
Publicado em 7 de outubro de 2025 às 15:31
Pela primeira vez em sua história, a Marinha do Brasil abriu todas as suas áreas de atuação para mulheres. A decisão, anunciada na quarta-feira (1º), autoriza a participação feminina em setores antes restritos aos homens, como mergulho, operações especiais e missões em submarinos. Com isso, a força naval se torna a primeira entre as Forças Armadas do país a permitir presença plena de mulheres em todos os postos e funções.
Segundo nota oficial, a mudança visa garantir “igualdade com os pares masculinos” e reconhecer a capacidade técnica e física das profissionais que vêm se destacando na corporação. A Marinha destaca que a medida é resultado de um processo gradual de inclusão iniciado há décadas.
Nos últimos anos, a presença feminina ganhou espaço em diferentes patentes e setores da instituição. Em 2024, a Escola Naval formou sua primeira turma de aspirantes mulheres, um marco na formação militar brasileira. Já em 2023, o Colégio Naval passou a admitir alunas pela primeira vez.
Outro passo simbólico foi dado recentemente, quando quatro médicas foram promovidas ao mais alto círculo hierárquico da Marinha. “A indicação simultânea de mulheres ao posto de almirante é inédita e representa um marco na trajetória de inclusão da MB”, afirmou o órgão em comunicado.
Com a nova diretriz, mulheres poderão integrar missões de alta complexidade, que exigem preparo físico e psicológico rigoroso, como as operações subaquáticas e de elite. A decisão é vista como um avanço significativo não somente para a Marinha, mas para o fortalecimento da representatividade feminina nas Forças Armadas brasileiras.
