Publicado em 24 de dezembro de 2025 às 14:43
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, voltou a negar qualquer interferência na operação envolvendo o Banco Master e o Banco de Brasília e afirmou que o escritório de advocacia de sua esposa, Viviane Barci de Moraes, não atuou no caso. Em menos de 24 horas, ele divulgou três notas públicas para rebater informações sobre o assunto.>
Na tarde desta quarta-feira (24), Moraes publicou um novo comunicado detalhando encontros que teve com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Segundo o ministro, as reuniões ocorreram em seu gabinete e tiveram como único tema os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky, que resultou em sanções contra ele e, posteriormente, contra sua esposa.>
De acordo com a nota, a primeira reunião aconteceu em 14 de agosto, após a aplicação inicial da lei, no dia 30 de julho. A segunda ocorreu em 30 de setembro, depois da sanção imposta pelos Estados Unidos a Viviane Barci de Moraes, em 22 de setembro. Moraes afirma que, em nenhum desses encontros, houve qualquer discussão ou pressão relacionada à operação entre o Banco Master e o BRB.>
O ministro também negou ter ido ao Banco Central ou mantido contato telefônico com o presidente da instituição para tratar do assunto. Ele reforçou ainda que o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou junto ao Banco Central na operação citada.>
Reportagem da coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo, informou que o escritório Barci de Moraes Advogados teria firmado um contrato de R$ 129 milhões com o Banco Master, com pagamentos previstos ao longo de 36 meses a partir de 2024. Sobre esse ponto, Moraes limitou-se a reafirmar que não houve qualquer atuação do escritório na negociação envolvendo o BRB.>
O ministro também esclareceu que, apesar de a nota mencionar a aquisição do BRB pelo Banco Master, a operação discutida no mercado seria o contrário, com o BRB interessado na compra do Banco Master.>